Jovem bailarino de favela é convidado para dançar balé clássico nos EUA
O brasileiro Dyhan Pierre Cardoso foi chamado para integrar a companhia Atlanta Ballet e abriu uma 'vakinha' para conseguir arcar com as despesas da viagem

Um jovem bailarino de 19 anos, nascido e criado na favela do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, foi convidado para integrar a companhia de balé norte-americana Atlanta Ballet do estado da Geórgia, nos Estados Unidos. Dyhan Pierre Cardoso recebeu o convite no último dia 10 de outubro, após uma apresentação que o diretor da companhia assistiu.
"Estou muito animado e feliz com essa oportunidade. É um país diferente, uma outra cultura. Eu sei que fiz o teste com o pensamento 'vai que dá certo'... e não é que deu?", disse Dyhan em entrevista ao g1.
Dyhan se prepara para a viagem internacional estudando inglês e treinando incansavelmente todas as manhãs. A expectativa é que ele se junte à companhia americana em janeiro de 2024.
VEJA MAIS
História de superação
Dyhan nasceu e cresceu na favela do Aglomerado da Serra, uma das maiores de Belo Horizonte. Apesar das dificuldades, o jovem sempre sonhou em ser bailarino. Inspirado pela irmã mais velha, ele começou a dançar aos seis anos de idade. Aos poucos, foi se destacando e conquistando prêmios em concursos
O bailarino divide seu tempo entre o trabalho no bar dos pais e a dança. Ele também integrou o Grupo Corpo, uma companhia de balé tradicional, por dois anos. Em outras tentativas, Dyhan também buscou oportunidades nas seleções de escolas de dança na Europa.
Campanha nas redes sociais
Após a notícia de sua aprovação no Atlanta Ballet, Dyhan lançou uma campanha nas redes sociais para arrecadar fundos que contribuirão para a realização de seu sonho. Inicialmente, o objetivo da campanha era reunir R$ 20 mil para cobrir as despesas com passagens, seguro-saúde e outros gastos de sua estadia nos Estados Unidos.
O músico Henrique Portugal, da banda Skank, contribuiu com os valores das passagens e do visto. A vakinha continua aberta e já arrecadou mais de R$ 17 mil, graças ao apoio de amigos, familiares e pessoas que se comoveram com a história do jovem bailarino.
*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA