Jornalista Natuza Nery se emociona ao falar do caso de mulher arrrastada 'Nunca perdoe uma agressão'
Tainara faleceu no dia 24 de dezembro, por volta das 19h após 25 dias de internação
A jornalista Natuza Nery se emocionou ao comentar, durante a apresentação do Edição das 18h (GloboNews), o caso de Tainara, de 31 anos, que morreu após ficar 25 internada. A mulher foi atropelada e arrastada por um homem em São Paulo, no final do mês de novembro.
O trágico incidente gerou grande comoção e mobilizou discussões sobre a violência contra as mulheres, além de questionar a cultura **brasileira** de tolerância **a** agressões. Em um momento de profunda emoção durante a apresentação do telejornal, Natuza fez um apelo claro: "Nunca perdoe uma agressão."
Emoção da repórter falou mais alto
Durante a transmissão do Edição das 18h, Natuza Nery expressou sua indignação e emoção ao abordar o caso de Tainara. Com a voz embargada, ela afirmou que o episódio era um reflexo de uma sociedade que ainda tolera certos tipos de violência.
Natuza afirmou que assistiu ao vídeo em que Tainara aparece sendo arrastada e cobrindo as partes íntimas, e que o registro chamou a atenção por um gesto que a mulher fez: "Esse vídeo, de maneira brutal, me mostrou ou reafirmou o que é ser mulher num país como o Brasil", ressaltou a jornalista.
"Ela, sem nenhuma parte das costas, porque a pele foi arrancada no asfalto, cobre a parte íntima dela com as duas mãos. Isso me calou fundo, além da brutalidade, porque ela não tinha a parte de trás toda do corpo dela, inconscientemente ela protegeu a parte íntima para não ser exposta", afirmou Nery com a voz embargada diante **do** gesto da vítima.
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Relembre o caso de Tainara
No dia 29 de novembro, Tainara, de 31 anos, foi atropelada de forma brutal por Douglas Alves da Silva, de 26 anos, na saída de um bar em São Paulo. O momento em que ela foi arrastada pela rua Manguari até a Avenida Morvan Dias de Figueiredo (Marginal Tietê) foi registrado em imagens que se espalharam rapidamente nas redes sociais.
Após o crime, o agressor fugiu do local, mas foi capturado pela polícia na noite de domingo, 30 de novembro, e permanece preso desde então.
De acordo com o boletim de ocorrência, testemunhas afirmaram que Douglas e Tainara tinham um relacionamento e que os dois discutiram momentos antes do atropelamento. Mesmo com as tentativas de intervenção de pessoas próximas, o suspeito acelerou o veículo e continuou o ataque.
Tainara foi levada inicialmente para o Hospital Municipal Vereador José Storopolli e, posteriormente, transferida para o Hospital das Clínicas, onde ficou internada por 25 dias. Durante esse período, a vítima passou por três cirurgias, incluindo amputação das pernas e uma **de** amputação de parte dos glúteos devido aos ferimentos graves causados pela tentativa de feminicídio.
Além disso, Tainara sofreu lesões nas pernas. Ela chegou a sair do coma induzido e foi extubada, mas, após a última cirurgia, teve uma piora clínica e não resistiu. Tainara faleceu no dia 24 de dezembro, por volta das 19h, e a informação foi confirmada pelo advogado da família, Fábio Costa.
(*Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com.)
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