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Funcionárias da Petrobras denunciam assédio de colegas e superiores

Após casos virem à tona, estatal montou grupo de trabalho contra o assédio sexual

O Liberal
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Um grupo de funcionárias da Petrobras denunciou, em um grupo de WhatsApp, diversos casos de assédio sexual praticados por colegas de trabalho e superiores hierárquicos. Segundo a GloboNews, os episódios ocorreram enquanto as mulheres estavam a bordo de plataformas ou em unidades da empresa, como o Centro de Pesquisas.

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Trinta e cinco mulheres relataram terem sido vítimas de abuso ou terem testemunhado agressões. Entre os casos relatados estão três contidos nos depoimentos abaixo:

“À noite, colocávamos cadeiras na porta porque era proibido trancar… Uma amiga passou por uma situação bizarra. Chegou no camarote e encontrou um homem mexendo em suas calcinhas”, contou uma das funcionárias.

“A recepcionista da gerência onde eu trabalhava teve o seio apalpado por um petroleiro dentro da empresa. O caso foi escândalo na gerência e todos souberam, mas a chefia não fez nada. A moça foi transferida para outra área”, relatou uma segunda.

"Voltando de um evento da gerência à noite, dividi o Uber com o meu gerente imediato. Quando chegou na casa dele, ele começou a me agarrar. Depois de conseguir fazer com que ele parasse, ele veio insistir que queria ir para minha casa, obviamente não deixei."

A primeira denúncia

Em 2022, um grupo de funcionárias terceirizadas do Centro de Pesquisas da Petrobras, na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio, denunciou um petroleiro por assédio sexual. Segundo o Ministério Público do Rio, o agressor "esfregou por três vezes o pênis nas nádegas da vítima, conforme registro de ocorrência feito pela vítima" e tentou forçar relações sexuais com ela. O mesmo funcionário também constrangia a vítima com insistência, balançando seu crachá, e a abordou pelas costas enquanto ela realizava a limpeza de uma pia, esfregando o pênis em suas nádegas, de acordo com o relatório entregue ao MP.

Providências

O Ministério Público do Trabalho aguarda os documentos enviados pelo Ministério Público Estadual para abrir uma investigação trabalhista sobre o caso.

A Petrobras anunciou que iniciou uma investigação interna e criou um grupo de trabalho para rever os procedimentos internos para denúncias de assédio sexual. As conclusões do grupo e as novas medidas serão apresentadas até o dia 20 deste mês. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que os relatos "só reforçam que ainda há muito a ser feito" e prometeu anunciar novas medidas para combater o assédio sexual.

"Quero me solidarizar com cada mulher que, em qualquer tempo, foi vítima de machismo, assédio ou violência, sobretudo quando isso ocorreu nas instalações da empresa [...] Reforço que todas as situações que forem denunciadas pelo nosso Canal Denúncia terão garantias de não retaliação; proteção da privacidade das vítimas; investigação rigorosa e aplicação de sanções quando for o caso", disse o presidente da empresa.

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