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Floresta de 290 milhões de anos é encontrada no sul do Brasil

As árvores estão conservadas e com suas raízes e na posição vertical. A descoberta é a mais importante do hemisfério Sul da terra

Maiza Santos

Uma floresta fossilizada com cerca de 165 árvores conservadas dentro de rochas foi encontrada em Ortigueira, no Paraná. A descoberta, realizada por pesquisadores,  aconteceu por acaso e representa o mais importante e raro achado do hemisfério sul da Terra. Com raízes ainda fixadas no substrato, as árvores preservam a posição vertical e retratam formas de vida de 290 milhões de anos atrás.

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De acordo com os pesquisadores, só existem dois outros registros de descobertas semelhantes na Patagônia e no Rio Grande do Sul. Porém, os fósseis atuais apresentam melhor qualidade e números de árvores preservadas. O achado deve colaborar para estudos sobre evolução biológica, geológica e de ecossistemas e climas do passado.

A pesquisa é de Thammy Ellin Mottin, doutoranda em geologia na ​Universidade Federal do Paraná (UFPR), e teve a colaboração de pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Daves (EUA). O artigo sobre a descoberta foi publicado no periódico Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology.

Sobre a descoberta

Os pesquisadores encontraram os fósseis em 2018, durante um trabalho de campo em conjunto com pesquisadores da Universidade da Califórnia. Os estudiosos foram ao local apenas para retirar algumas amostras para análise química e analisar as rochas da região. Entre pesquisas de campo e laboratório, a equipe trabalhou sobre a floresta fossilizada por um ano.

A pesquisadora destaca que na época em que essa floresta existiu, há cerca de 290 milhões de anos, o hemisfério sul estava unido em um único continente chamado Gondwana, formado por América do Sul, Austrália, África, Antártica e Índia. As plantas foram uma das primeiras a colonizar o ambiente terrestre.

Thammy diz que eles foram os primeiros geólogos a analisar o terreno, pois a estrada foi aberta no local há pouco tempo. Ela ainda comenta que mais material deve existir, mas pode ter sido prejudicado por conta da pouca análise geológica que realizaram antes de iniciar a obra na região.

A pesquisadora fala que a raridade desta floresta está no fato de ter sido fossilizada em pé, sem apodrecer, tombar ou cair. Ela explica que, neste caso, as árvores foram soterradas por sedimento enquanto ainda estavam vivas.

"O processo foi tão rápido e catastrófico que elas permaneceram no exato local onde viviam e foram progressivamente cobertas por sedimentos provenientes de uma inundação fluvial gigante", diz Thammy Mottin.

(Estagiária Maiza Santos, sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Ana Carolina Matos)

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