Fiocruz aponta aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em todo o país

Todas as regiões do Brasil apresentaram aumento de casos na última semana, entre 25 de fevereiro a 2 de março.

O Liberal

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta quinta-feira (07) o Boletim Infogripe que aponta um aumento em todo o país de novos casos semanais de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Os dados são referentes à Semana Epidemiológica (SE) 9, de 25 de fevereiro a 2 de março.

Em todas as regiões do Brasil houve crescimento nos índices, porém, com distinção quanto aos vírus respiratórios. No caso das regiões Norte e Nordeste, a influenza também registra aumento, especialmente na população adulta.

As regiões Sudeste e Sul, além da distinção quanto aos vírus respiratórios da covid-19, tem-se o quadro de influenza (vírus da gripe), demonstrando uma cocirculação entre as doenças. VEJA MAIS:

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No mesmo período, foram registrados 5 casos por Influenza

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A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 19 de fevereiro

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O imunizante deve ser aplicado em crianças até cinco anos de idade, segundo pesquisadores

O novo cenário mostra ainda que o vírus sincicial respiratório (VSR) reapareceu em diversos estados, afetando crianças pequenas e idosos. Referente, a análise tem como base dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 4 de março.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para o crescimento do vírus sincicial respiratório, que afeta mais crianças e idosos.

“Vemos o aumento desse impacto principalmente em crianças pequenas, de até 2 anos de idade, mas sabemos também que os idosos têm risco de vir a falecer por conta do VSR. Então, com a retomada desse vírus, tanto crianças pequenas quanto idosos têm que ficar atentos. E o VSR, em particular, vemos em todas as regiões do país com sinal de retomada, o que pode naturalmente estar associado justamente à volta às aulas, sendo um grande facilitador. É um cenário que requer bastante atenção”, disse.

Recomendações

Nos casos de covid-19 e gripe, o coordenador explica que aplicação de vacinas é uma das principais ações a serem adotadas. “Além disso, é bom lembrar que o uso de boas máscaras (N95 e PFF2) funciona para qualquer um desses vírus. A máscara diminui o risco de contrair vírus respiratório, principalmente nas unidades de saúde que, neste momento, estão recebendo muita gente infectada.”

Outra recomendação é buscar atendimento médico se surgirem sintomas parecidos com os de resfriado – especialmente entre aqueles que fazem parte de grupos de risco –, para seguir com o tratamento adequado à doença.

Nas últimas oito semanas, a incidência e mortalidade de SRAG mantêm o padrão típico de maior impacto entre crianças pequenas e idosos. “A incidência de SRAG por covid-19 apresenta maior impacto nas crianças de até 2 anos e na população a partir de 65 anos. Outros vírus respiratórios com destaque para incidência de SRAG nas crianças pequenas são o sincicial e o rinovírus. Já a mortalidade da SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com predomínio de covid-19”, ressaltou Gomes.

Lucas Quirino (Estagiário sob supervisão de Fabiana Batista, coordenadora do núcleo de Atualidades)

 

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