Fenômenos climáticos afetam níveis dos rios aponta Serviço Geológico do Brasil

Mesmo com o inverno amazônico, rios continuam abaixo do normal

Maycon Marte | Especial para O Liberal
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De acordo com dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB), os rios da região norte estão abaixo do esperado para esta época do ano. Segundo a companhia, estes índices são reflexo do fenômeno conhecido como “Super El Niño”, que atingiu o país em 2023. O Sistema de Alerta Hidrológico (SAH), que realiza o monitoramento e a previsão do nível dos rios, aponta que mesmo durante o inverno amazônico - período com maior volume de chuvas - as bacias hidrográficas da região seguem com níveis inferiores ao normal.

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De acordo com a série histórica de monitoramento, entre os anos de 1977 e 2024, no Pará, a bacia do Rio Xingu, que abarca os municípios de Altamira e São Félix do Xingu, sofre com os impactos do fenômeno e reflete os níveis negativos. Seguindo o mesmo comportamento, a bacia do Rio Amazonas, no município de Óbidos, encara a linha vermelha, mas sofre com a seca desde o último ano. Em Boa Vista (RR), o nível do Rio Branco segue o mesmo comportamento e se aproxima do menor nível já registrado na sua série histórica, em 2016.

Os dados também apontam que o acúmulo de chuva no período dos últimos sete meses (agosto de 2022 a fevereiro de 2024) está abaixo do esperado para esta época do ano, com apenas 21%. Ainda no Pará, outras regiões apresentam índices negativos, a exemplo de Conceição do Araguaia, onde o nível do rio está 38% abaixo da média para o período. O monitoramento também destaca que a região está apenas 13% acima do mínimo já registrado e com previsão de superar essa marca.

O fenômeno do El Niño deve se entender por alguns meses até a transição para o La Niña, quando ocorre a diminuição da temperatura da superfície das águas dos oceanos. Segundo o SGB, “ainda é difícil prever os impactos na temperatura e no regime de chuvas, mas, de acordo com o MCTI, no próximo verão, a situação mais provável é de precipitações superiores à média no extremo norte do Brasil e de temperaturas inferiores ao normal, a partir de outubro de 2024, acarretando em eventos de enchentes e inundações".

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