Dia do Vira-Lata: veja curiosidades sobre estes pets

Comemorado neste domingo, o Dia do Vira-Lata (31) foi criado para estimular a adoção e exaltar os animais sem raça definida (SRD)

Juliana Maia
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 Neste domingo (31), é comemorado no Brasil o Dia do Vira-Lata, animal que é uma paixão nacional. Mesmo que a busca por adoção tenha aumentado nos últimos anos, a Organização Mundial de Saúde estima que existam no país cerca de 30 milhões de animais abandonados, desses 20 milhões são cães e 10 milhões de gatos. Ainda, organizações de proteção animal acreditam que houve aumento de cerca de 60% no abandono durante a pandemia.

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Para reforçar a importância do acolhimento de cães e gatos e para comemorar o Dia do Vira-Lata, o veterinário Pedro Giovannetti respondeu algumas das principais dúvidas sobre o cuidado adequado com cães de rua.

Cães de raça são mais propensos a doenças do que vira-lata?

Os cães de raça, para a sua criação, surgiram do cruzamento de outras raças, com o intuito de adquirir características físicas e comportamentais específicas, buscando aparência, como pelagem e tamanho, ou uma raça mais calma ou mais ativa. Porém, muitas dessas raças acabaram desenvolvendo doenças genéticas, por exemplo cães braquicefálicos (com o focinho mais curto e achatado), sendo mais propícios a ter problemas respiratórios, ou raças grandes e/ou gigantes criadas, mais propícias a problemas articulares.

Já o vira-lata não se sabe a origem específica, sem a interferência humana, criado de forma natural, desenvolvendo uma certa resistência a doenças genéticas. Mas isso não justifica a falta de cuidados, pelo contrário, são necessárias as consultas periódicas ao Médico Veterinário, vacinação, vermifugação, antiparasitários, para evitar ou identificar possíveis doenças, ou seja, todo cuidado é bem-vindo quando se trata da saúde dos pets.

Vira-lata não precisa de ração específica?

As rações específicas são indicadas visando oferecer benefícios de acordo com as características padronizadas de determinadas raças. No caso dos vira-latas, devido a mistura de raças, fica impossível direcionar uma ração específica, até porque cada vira-lata é diferente do outro, trazendo características diversas. Deve ser oferecida uma ração de acordo com a fase de vida (filhote, adulto ou idoso) e o porte (pequeno, médio ou grande) do vira-lata, respeitando as suas necessidades nutricionais.

Cachorros de rua resgatados são mais carinhosos?

Geralmente, estes animais possuem o seguinte perfil: estão assustados, com deficiências nutritivas, dificuldade de socialização e alguns traumas. A partir do momento em que são adotados e recebem uma casa, conforto, alimentação e cuidado, os cães de rua respondem com carinho, pois estão recebendo um tipo de afeto que não existia durante o tempo em que viviam na rua. 

Vira-latas são mais resistentes ao frio?

Não. A maioria dos animais vira-latas são animais de pelos curtos, isso porque dificilmente vem cruzamentos de animais de linhagens de pelos longos. Assim, em temperaturas mais baixas, eles sentem frio e inclusive precisam de mais atenção com roupas, mantas e camas para se manterem aquecidos.

É mais difícil encontrar cachorro de rua de pequeno porte?

Atualmente no Brasil, os cães SRDs de porte médio e grande se destacam como a maioria da população de rua e de animais disponíveis para adoção nas ONGs. No entanto, isso não quer dizer que os cães de porte pequeno sejam mais difíceis de serem encontrados. Na realidade, há também uma preferência dos tutores por cães SRD filhotinhos e de porte pequeno, assim, esses animais ficam menos tempo disponíveis para adoção e nas ruas, o que passa essa “sensação” de que são mais difíceis de serem encontrados.

Vira-lata vive mais?

Não. Esse é um mito muito famoso, pois é comum ouvir que os cães vira-latas são mais resistentes. Porém, não existe nenhuma comprovação científica de que os cães vira-latas vivem mais tempo do que os de raça. O fato é que as misturas de raças e cruzamentos aleatórios tornam os cães vira-latas menos propensos a terem doenças genéticas e hereditárias do que os cães de raças, mas isso não quer dizer que esses animais precisem de menos atenção e carinho. A expectativa de vida de um animal é influenciada diretamente pelos cuidados do seu tutor com ele, o carinho, amor e atenção que ele recebe, com alimentação de boa qualidade e adequada, além de visitas frequentes ao médico veterinário, que pode identificar doenças precocemente e inclusive preveni-las.

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