Covid-19: média móvel de mortes cai e de casos aumenta

Número de casos supera o do ápice de março deste ano

Agência Brasil

O número de casos diários de covid-19, segundo a média móvel de sete dias, atingiu nestas quarta (23) e quinta-feira (24) seu maior patamar desde o início da pandemia, com 77.327,57 e 77.264,71 novos casos diários, respectivamente. Esses números superam, inclusive, o ápice de casos da segunda onda, em 27 de março, quando os registros somaram 77.129 casos diários.

Os dados do Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), registraram uma semana antes, nos dias 16 e 17 de junho, a média de 72.244,43 e 70.237,29 casos diários, respectivamente.

As mortes, por outro lado, apresentaram tendência de queda nos últimos dias. Nos dias 23 e 24 de junho, foram 1.916, 57 e 1.876,71 mortes diárias, respectivamente, frente às 2.025,43 registradas no dia 16, e 1.997,86 mortes diárias relatadas no dia 17. O ápice de óbitos da segunda onda ocorreu no dia 12 de abril deste ano, com 3.123,57 mortes diárias.

O pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, Christovam Barcellos, disse que houve um aumento de quase 8% no número de casos na última semana. “Infelizmente o que a gente está prevendo é que o aumento do número de casos puxa mais ou menos duas semanas depois o aumento do número de óbitos também. Primeiro sobem os casos, depois sobem os óbitos com umas duas semanas de atraso”.

O pesquisador afirmou que o descolamento do número de casos e de óbitos também pode ser resultado do avanço da vacinação, principalmente dos idosos com mais de 70 anos, que já estão com uma cobertura de segunda dose bastante expressiva. “Muita gente está tendo a infecção, mas felizmente sem que a doença evolua para o óbito”.

Barcellos destacou a necessidade de ampliar a testagem para evitar a superlotação dos hospitais, pois com o inverno, aumentam os casos de doenças respiratórias para além da covid-19. “É uma competição perversa por leitos. Por isso, antes de chegar ao hospital, a pessoa tem que ser testada. Por exemplo, a maior parte das pneumonias pode ser tratada em casa, sem necessidade de internação”.

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