Família é internada com suspeita de envenenamento após consumir ‘falsa couve’ em confraternização
Após o consumo da planta, as vítimas apresentaram mal-estar, falta de força muscular e dificuldade para respirar
Uma família precisou de atendimento médico após ter ingerido uma falsa couve, nesta quarta-feira (8), em uma confraternização que ocorreu no município de Patrocínio, no Alto de Parnaíba, que fica localizado em Minas Gerais. Ao todo, três homens, com idades de 60, 67 e 49 anos, foram conduzidos ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e uma mulher sofreu parada cardíaca.
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG), a planta falsificada foi consumida durante um evento realizado em uma chácara na zona rural da cidade. Ao longo da perícia, a “falsa couve” foi identificada como Nicotiana glauca, uma planta carregada em toxicidade que se assemelha com uma couve, mas que não pode ser ingerida em hipótese alguma por um ser humano.
Em entrevista ao portal Metrópoles, o biólogo e professor da Universidade Federal de Santa Maria em Frederico Westphalen (UFSM-FW), Guilherme Ceolin, explicou sobre algumas características específicas da "falsa couve".“Apesar de existirem várias plantas comestíveis nessa família, muitas espécies são extremamente tóxicas, como a beladona e a mandrágora. A Nicotiana glauca é chamada de falsa-couve devido à semelhança das folhas com as da couve verdadeira”, revelou Ceolin.
Ainda segundo os bombeiros, as quatro pessoas apresentaram diversos sintomas de intoxicação, o que incluiu: mal-estar, dormência na perna, falta de força muscular, dificuldade de respirar e visão prejudicada após o consumo da planta. Após o ocorrido, a Polícia Militar, o CBMMG e o SAMU efetuaram o socorro das quatro vítimas, encaminhando-as ao Pronto Socorro Municipal e à Santa Casa.
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Possibilidade de envenenamento acidental
De acordo com informações da Polícia Militar, a principal suspeita é de que teria acontecido um envenenamento acidental, já que a planta foi encontrada nas proximidades da cozinha do local. Agora, o material foi encaminhado para a Perícia Técnica da Polícia Civil, a fim de investigar se também foram adicionadas outras substâncias tóxicas junto à “falsa couve” no momento do preparo do alimento.
(Victoria Rodrigues, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web em Oliberal.com)
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