Caso Eloá: Mulher que recebeu o transplante de coração da jovem morreu de Covid-19 no Pará
Além do coração de Eloá, também foram doados a outras pessoas o pulmão, as córneas, o fígado, os rins e o pâncreas da jovem.
Após o sucesso no lançamento do documentário “Caso Eloá: refém ao vivo”, da plataforma de streaming Netflix, alguns detalhes sobre o sequestro e a morte de Eloá começaram a voltar à tona nas últimas semanas. Na época, a jovem de apenas 15 anos havia sido mantida refém pelo seu próprio namorado Lindemberg Alves em um crime de violência contra a mulher que chocou os brasileiros em 2008.
Entre uma das principais curiosidades do trágico episódio que custou a vida de uma adolescente em um feminicídio, está a doação de seu coração para a vendedora Maria Augusta da Silva dos Anjos. O transplante do órgão de Eloá foi realizado no dia 20 de outubro do mesmo ano, mesma data do aniversário da transplantada.
“Recebi a notícia por telefone. Meu médico ligou: ‘Vem para o hospital que eu acho que você vai ganhar o coração daquela moça, a Eloá’. Eu soube do caso pela TV. Fiquei internada do dia 8 de outubro até dia 18 de outubro”, revelou Maria Augusta sobre a sensação de receber o coração em entrevista ao portal G1 na época.
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Falecimento por Covid-19
Após alguns anos com o coração saudável de Eloá, a vendedora foi infectada com o vírus da Covid-19 em 2021 e chegou a ser internada em um hospital para tratar as complicações da doença. Porém, com o tempo, ela não conseguiu resistir e morreu aos 51 anos de idade na cidade de Parauapebas, que fica localizada no Pará.
No mesmo ano, a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, lamentou a morte de Maria Augusta. “Eu estava torcendo para a Augusta se recuperar. Até porque amanhã [5 de maio de 2021] minha filha Eloá faria 28 anos se estivesse viva. Augusta era como uma filha para mim também, pois ela carregava o coração de Eloá”, disse Ana.
(Victoria Rodrigues, estagiária de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web em Oliberal.com)
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