Alexandre Ramagem afirma não ter tido acesso a senhas de espionagem na Abin

Deputado afirma que equipamentos encontrados em seu gabinete, celular e computador pertencentes à Abin, são dispositivos antigos e sem utilização

O Liberal
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O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), alvo de buscas na operação "Vigilância Aproximada" da Polícia Federal nesta quinta-feira (25), declarou à GloboNews que nunca teve acesso às senhas dos sistemas de monitoramento para espionar autoridades públicas e cidadãos comuns.

Durante a entrevista, Ramagem ressaltou que tanto ele quanto a direção da Polícia Federal, que estava com ele, nunca utilizaram, executaram, gerenciaram ou tiveram acesso às senhas desses sistemas. A operação investiga o possível uso ilegal da ferramenta de espionagem FirstMile pela Abin durante o governo Bolsonaro, quando Ramagem chefiava a agência.

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Em relação aos equipamentos encontrados em seu gabinete, celular e computador pertencentes à Abin, Ramagem esclareceu que são dispositivos antigos e sem utilização. “Quando ouvimos o diretor responsável pela senha e pela gestão para demonstrar como funciona e ele negou me informar como eles estavam trabalhando com a ferramenta, eu exonerei esse diretor que era o chefe da ferramenta e encaminhei todo o procedimento para a corregedoria”, disse o deputado.

Apesar de poder devolver esses dispositivos, Ramagem justificou que pensou se tratar de equipamentos da antiga Polícia Federal, dos quais ele tinha direito à custódia. Segundo o deputado, esses equipamentos estão sem uso há mais de anos e não tiveram contato com os sistemas da Abin.

Sobre a possibilidade de continuar recebendo informações privilegiadas mesmo fora da agência, Ramagem admitiu ter amigos na Abin, mas negou receber informações. A operação desta quinta-feira abrangeu endereços suspeitos em Brasília, Juiz de Fora, São João Del Rei e Rio de Janeiro.

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