Histórias, curiosidades e memes, ‘Nostalgia Belém’ resgata memórias da cidade nas redes sociais
O perfil Nostalgia Belém surgiu no Facebook, 2012, a partir da inquietude de Robson Santos, 34 anos, em conhecer mais sobre a história da cidade
Com mais de 100 mil seguidores no Instagram, a página Nostalgia Belém faz sucesso na internet com conteúdos que abordam a memória afetiva da cidade. Por meio de histórias, curiosidades e memes, o criador Robson Santos, de 34 anos, faz o que ama e contribui para o resgate e à preservação das memórias da capital paraense. Atualmente, ele também comanda um videocast, o Papo Nostalgia, onde são realizadas entrevistas com personalidades locais.
O Nostalgia Belém surgiu em 2012, no Facebook, a partir da inquietude de Robson em conhecer mais sobre a história da cidade. “Desde criança eu ia ao Centur para fazer pesquisas, conhecer como surgiram as ruas da cidade e a construção e origem dos antigos casarões. Depois percebi que não tinha nada nas redes sociais que falasse sobre esses temas naquela época, o assunto só era abordado em blogs”, disse o criador de conteúdo.
Entre os conteúdos produzidos pela página, estão a visita aos carros lanchonetes antigos da cidade, aquelas que vendem os chamados “podrões” que todo mundo já comeu um dia em Belém; abordagens de curiosidades, como os chamados “pães jacarés” - um pão no formato do animal - que eram comumente vendidos em panificadoras localizada na periferia do município e hoje ainda podem ser encontrados em lugares específicos.
“Estou numa linha de vídeos mais alegres de situações do cotidiano, como a espera e perda de um coletivo na parada de ônibus, que é algo vivenciado por todos nós. São situações que eu estou abordando de uma forma bem humorada para a nova geração, por meio do reels do Instagram e do Tik tok, aplicativo onde temos 38 mil seguidores”, explicou Robson Santos.
Para o criador do Nostalgia Belém, a importância de resgatar as memórias da cidade é deixar vivo os traços do povo que nela habita. “Quando você remete à memória, você está forçando a preservação. Ao falar sobre um casarão antigo, ele não será abordado como algo só de construção, mas sim algo que tem uma história por trás. E outra, um povo sem memória não tem como se preocupar com o futuro”, afirmou.
VEJA MAIS
Amante da “Cidade das Mangueiras”, como é carinhosamente chamada a capital do Pará, Robson Santos faz um pedido no dia 12 de janeiro, quando o município completa 406 anos. “O aniversário de Belém é o momento ideal para iniciativa privada, poder público e dos próprios moradores se unirem e cuidar da nossa cidade, exaltar as nossas belezas arquitetônicas nas ruas e a cultura que carrega de geração em geração. Isso tem que ser um exercício diário de valorização da nossa memória”, finalizou.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA