Waraos se instalam em praça no bairro da Cidade Velha

Um novo grupo de indígenas Warao se refugiou em Belém, vindo da Venezuela. São 36 pessoas - sendo 16 crianças e os demais jovens e adultos. Desde o último domingo (25), eles moram na Praça Felipe Patroni, na rua Coronel Fontoura com a Rua João Diogo, em frente ao Ministério Público do Estado do Pará e ao fundo do Palácio Antônio Lemos, onde funciona a sede da Prefeitura de Belém, na Cidade Velha.

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Segundo o indígena Warao Usto Benite, 38 anos, o grupo vivia na cidade de Tucupida, no estado Delta Amacuro, na Venezuela, de onde partiram desde dezembro de 2018. Eles já viveram algum tempo em Manaus (AM) e Santarém, oeste do Pará. De lá, vieram de barco para Belém, onde chegaram às 5h de domingo (25).

"Saímos da Venezuela por conta da crise política e econômica. Com isso, comprar comida é impossível, porque ficou pouca e muito, muito cara, não tem trabalho, não tem água, energia. Aqui as pessoas nos ajudam um pouco melhor e esperamos que tudo vai melhorar", disse Benite.

Em Belém, primeiro, os indígenas Warao ficaram na praça da Bandeira, na rua João Diogo. Depois resolveram ficar na praça Felipe Patroni e estão na expectativa de que a Prefeitura de Belém os encaminhe para um abrigo. O grupo está recebendo apoio de um grupo de voluntários de Belém. 

"Decidimos vir para Belém porque soubemos que as pessoas aqui são boas. Ficamos primeiro na Praça da Bandeira e depois viemos para cá, que é melhor, porque é perto da Justiça e do prédio da Prefeitura. A Prefeitura já tem conhecimento que estamos aqui e disse que vai nos ajudar com abrigo, mas não falou quando."

A Prefeitura de Belém informa que o grupo está sendo monitorado pela Fundação Papa João XXIII (Funpapa) e já recebeu atendimento do Consultório na Rua, da Secretaria de Saúde do Município (Sesma).