Viagem de fim de ano pede três "pês": prudência, paciência e planejamento
Confira algumas dicas essenciais do para ir e voltar em segurança pelas estradas

O leitor, neste momento, deve estar planejando o passeio de final de ano. Seja Natal ou Ano Novo, ambos peolongados. Muitos preferem ir no próprio veículo, para seguir um próprio ritmo e cronograma, mas são necessários cuidados para não estragar a diversão com situações adversas - muitas vezes perigosas - que sempre podem ocorrer. Algumas são completamente preveníveis, bastando paciência, prudência e planejamento. Para outras, o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran-PA) dá orientações. O primeiro passo é ter a documentação do veículo e do condutor em situação regular.
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Antes de ligar o carro ou moto, é preciso ter certeza das condições de trafegabilidade do veículo e do condutor. O fundamental é fazer uma revisão ao menos de itens essenciais: combustível, água, óleo, pneus (sem nunca esquecer do estepe), limpadores de para-brisas, ferramentas, faróis e equipamentos de segurança (cadeirinha se houver crianças). O reparo da maioria desses itens pode custar muito pouco e representa investimento em segurança. Uma pane mecânica ou falta de combustível são consideradas infrações de trânsito e podem resultar em multas, além de atrasos indesejáveis e desagradáveis ao passeio. Nessas épocas, várias oficinas fazem promoções com pacotes de revisão antes e depois do evento, que podem sair ainda mais baratos.
Quando chegar na estrada, a atenção deve aumentar e a tarefa de conduzir um veículo deve ser levada muito a sério, principalmente quando os limites de velocidade aumentam e qualquer lapso de controle pode colocar todos os ocupantes do veículo e terceiros em risco. A distância de segurança entre um veículo e outro deve ser de aproximadamente nove metros para velocidades mais altas. Todos devem usar cinto de segurança, ou cadeirinha no caso das crianças; o condutor não deve usar o telefone celular; não deve exceder a velocidade da via; não deve fazer ultrapassagens em locais proibidos (aclives, declives e faixas divisórias de pista contínuas); não conduzir animais soltos; não levar passageiros no compartimento de bagagem e nem bagagem solta no compartimento de passageiros. O número de passageiros máximo deve ser respeitado.
ATENÇÃO AO CLIMA
O clima pode ser uma variável que altera as condições de viagem. O clima paraense está instável, com chuvas repentinas, ainda mais à noite. A recomendação é imediatamente reduzir a velocidade, mas para isso os pneus precisam estar em boas condições para não ocorrer aquaplanagem (quando o pneu não tem aderência ao solo por causa da água). Nesse caso, mandar "riscar" os pneus é um erro que pode ser barato e fatal. Os limpadores de para-brisas em bom estado garantem melhor visibilidade, sendo recomendado trocar as palhetas a cada três meses. No caso de uma pista com buracos ou outros acidentes de superfície, também é importante reduzir a velocidade para evitar danos ao veículo como um todo ou a perda de controle.
Ainda quanto à distância, manter as ferramentas em bom estado ajuda em situações de emergência. Ao ocorrer uma falha mecânica, é necessário encostar o carro o máximo possível no acostamento (ou às margens da pista, caso não haja acostamento) e colocar o triângulo de sinalização pelo menos a 10 metros de distância. Se houver um certo risco ou for necessário chamar um guincho, é possível solicitar apoio policial pelo telefone 190 se a área for muito isolada ou perigosa. O extintor também ajuda a eliminar pequenos incêndios e evitar que o veículo se perca completamente.
O condutor também precisa estar bem de saúde, descansado e apto a fazer uma viagem, algo que desgasta qualquer pessoa. O coordenador de Planejamento do Detran-PA, Valter Aragão, observa que um dos maiores fluxos em finais de ano é para Salinópolis. Uma viagem Belém-Salinas demora em média três horas, mas há registros históricos de congestionamentos que levaram o trajeto a até sete horas e meia. Por isso, planejar bem os horários de saída e roteiro também facilitam. A pressa só vai tirar o foco do motorista.
Quem estiver tomando remédios com determinadas reações e efeitos colaterais, não deve dirigir. Antialérgicos e outros medicamentos psiquiátricos, por exemplo, costumam dar sono. Dirigir cansado também é pouco prudente. Por isso, o ideal é fazer algumas paradas para descansar, alongar, se alimentar (nunca se alimentar enquanto dirige), ir ao banheiro e só então voltar a dirigir bem mais à vontade.
"Nunca, em hipótese alguma, dirigir depois de beber. É um dos maiores, senão principal fator de risco nessa época. O resto também é comportamento: paciência, prudência... não fazer ultrapassagens proibidas, respeitar o limite de velocidade, prestar atenção à sinalização, não trafegar nos acostamentos... Qualquer coisa, basta procurar um agente, pois vários estarão em operação", conclui Valter.
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