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Vacinação contra Mpox: profissionais de saúde e pessoas com HIV já podem se imunizar em Belém

Campanha vai até o fim do mês. Vacinas são aplicadas no Centro de Testagem e Acompanhamento da Prefeitura de Belém (CTA)

Camila Guimarães
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Em Belém, a campanha de vacinação contra Mpox começou, voltada para dois grupos prioritários: pessoas vivendo com HIV/Aids e profissionais de saúde na linha de frente de combate à doença, que fazem a coleta direta de secreção dos pacientes para exames laboratoriais. A vacina que previne contra o vírus monekypox está disponível para este público até o fim do mês no Centro de Testagem e Acompanhamento da Prefeitura de Belém (CTA) Rayssa Gorbachoff, na travessa Rui Barbosa, número 1059, bairro do Reduto.

Até dia 20 de março de 2023, a capital paraense contabilizou 99 casos da doença (95 curados, 3 em monitoramento e 1 óbito), segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).

O autônomo José Cláudio Mota, morador do bairro do Tenoné, é soropositivo HIV e tem o lado esquerdo da visão afetada e movimento das mãos e pernas comprometido. Ele já garantiu a aplicação do imunizante. “Vacina é coisa séria e por isso estou aqui para ficar imune à monkeypox”¸ declarou.

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No território brasileiro, a frequência de óbitos e a ocorrência de morbimortalidade são maiores entre as pessoas vivendo com HIV/Aids, em especial aquelas com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. Com o sistema imunológico debilitado, há maior probabilidade de infecções oportunistas e internações hospitalares.

O coordenador municipal da DST Aids e Hepatites Virais, da Sesma, Mauro Brabo, informa que os pacientes portadores do HIV já previamente cadastrados no sistema do Ministério da Saúde estão sendo procurados pelo sistema de saúde para se imunizar.  

“A busca ativa é feita de contato por contato e o desafio é a identificação de pacientes que não atendem à chamada pelo número do cadastro, pessoas que não têm interesse em tomar a vacina ou que não residem mais em Belém”, revela.

Quanto aos profissionais que trabalham diretamente no combate à monkeypox, a enfermeira Ana Carolina Valino, do Centro de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde, da Sesma, diz que a vacina “é de extrema importância para o cuidado e proteção do trabalhador. Assim, o servidor se sente valorizado para prestar serviço de qualidade para a população”.

 

Sinais e sintomas

O Mpox é um orthopoxvírus causador de doença cujos sinais e sintomas se assemelham aos da varíola. Os sintomas mais evidentes são febre, dor de cabeça, dor muscular, aumento do tamanho dos gânglios linfáticos no pescoço, nas axilas e virilha (ínguas), dor de garganta, tosse, fotossensibilidade, adenomegalia (crescimento de um ou mais linfonodos), náusea e vômito.

 

Transmissão

O vírus monkeypox é uma doença zoonótica que ocorre principalmente em áreas endêmicas, de floresta tropical. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado, bem como com material corporal humano contendo o vírus, como gotículas respiratórias (saliva, muco nasal), mas, principalmente, por meio do contato com lesões de pele de pessoas ou objetos e superfícies contaminadas.

 

Cuidados e recomendações

O Centro de Testagem e Acompanhamento da Prefeitura de Belém (CTA), além de ponto de vacinação contra a monkeypox para os grupos citados, é referência de atendimento de pacientes que são triados previamente nas Unidades de Saúde de Atenção Primária.

“Em casos suspeitos com sintomas de coceira e catapora, são feitas as coletas, que logo são encaminhadas ao Laboratório Central para exames e procedimentos necessários para o tratamento”, indica a gerente do CTA, Socorro Silva. 

Os cuidados recomendados para a prevenção são a higiene das mãos, distanciamento social e uso contínuo de máscaras, sobretudo por pessoas imunossuprimidas, que estão mais suscetíveis a desenvolver casos graves da doença.

Em caso de suspeita da doença, o procedimento é procurar assistência em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). Os casos sugestivos passam, então, para investigação, que é feita nas unidades de referência: as UBS Icoaraci e Satélite e o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Rayssa Gorbachoff.

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