Profissionais do município de Belém recebem oficina Primeira Infância Antirracista do Unicef

A ideia do PIA é uma estratégia de sensibilização sobre os impactos do racismo no desenvolvimento infantil

Bruna Lima
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Belém é a sétima capital onde o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) promove um encontro com profissionais da educação, saúde e assistência social e proporciona a oficina Primeira Infância Antirracista (PIA). O encontro ocorreu na tarde desta segunda-feira (5), no auditório do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (Unifamaz), no bairro do Reduto, em Belém.

A ideia do PIA é uma estratégia de sensibilização sobre os impactos do racismo no desenvolvimento infantil e também de mobilização dos profissionais de assistência, saúde e da educação infantil para que incentive que eles desenvolvam práticas antirracistas nos serviços.

O formador na coordenadoria de educação para as relações etênico-raciais da Secretaria Municipal de Educação de Belém (Semec), Adelson Ataíde Júnior, participou da oficina e explica que a Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Semec, tem como base no seu plano de trabalho o enfrentamento ao racismo. E na medida em que se tem um programa de articulação como PIA, fortalece as ações que já existem na rede.

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“As ações que são articuladas a nível regional têm agora a oportunidade de ter uma articulação a um nível mais amplo. Então, na medida em que a gente tem a possibilidade de fazer com que as experiências exitosas que existem aqui de enfrentamento ao racismo no nosso contexto amazônico, agora elas podem ganhar uma notoriedade, um espaço ainda maior e ser utilizadas em outros espaços como referências e como referência de possibilidade de uso pedagógico por outros lugares a partir das experiências que deram certo aqui”, pontua o educador.

Adelson Ataíde completa que o intercâmbio se trata de uma troca de de boas práticas e que é de interesse da Secretaria de Educaçã. “A gente troca informação no âmbito dos professores, mas também no âmbito das experiências exitosas que as unidades educativas promovem. Então, fazer isso nas duas pontas faz com que a gente tenha um sistema de garantia de direitos para essa faixa etária, que é a primeira infância”, acrescenta.

E para exemplificar de que forma as ações repassadas pela oficina chegam ao chão da escola, o educador destaca sobre a necessidade de garantir, primeiramente, o acesso à informação.

“Essas crianças vão ter acesso a materiais pedagógicos e materiais didáticos que contemplem os seus marcadores étnicos. Ou seja, a presença de crianças negras e crianças indígenas que marcam presença nesses materiais como pessoas bonitas, como pessoas adequadas, como pessoas que produzem ciência, que produzem conhecimento. Isso tem um efeito psicológico direto para essas crianças que vão crescer entendendo que está tudo bem ser uma criança negra, que está tudo bem ser uma criança indígena e que ela é bonita, ela é valorizada e que ela tem um lugar importante pra sociedade”, explica o educador.

Maíra Souza, oficial de Primeira Infância do Unicef Brasil, explica que para implementar a prática foram desenvolvidas uma série de materiais de cadernos tutoriais para a saúde, educação e assistência sobre infâncias negras e indígenas, além de uma web série.

“Então, esses materiais foram produzidos a partir de uma série de consultas e oficinas de co-criação com diferentes especialistas, pesquisadores, representantes dos movimentos negros e indígenas. Nós conseguimos sistematizar nessas séries de materiais e a ideia é que eles sejam levados para os atores sociais e que sejam colocados em prática”, explica a representante do Unicef.

A oficina já passou por São Luís, São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Recife e Salvador.

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