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Prevenção de crimes sexuais contra crianças requer participação dos pais

Projeto social realiza atividades para orientar responsáveis sobre este tipo de violência e, assim, evitar a ação de abusadores

O Liberal

A participação dos pais é um fator importante no processo de prevenção de crimes sexuais contra crianças. Para evitar a ação de abusadores, os responsáveis precisam conhecer conceitos, limites corporais e saber como proteger possíveis vítimas. Na manhã do último sábado (6), uma ação do projeto Futuro Brilhante foi realizada com moradores do bairro Val-de-Cans, em Belém, na escola Almirante Renato Guillobel, como parte de uma série de atividades de prevenção que o grupo realiza de maneira permanente.

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Com atividades lúdicas, música, jogos de tabuleiro e pintura, o encontro esteve focado em trabalhar a chamada “educação protetiva”, que consiste em ensinar os pequenos a se prevenir contra possíveis agressores ou abusadores por meio dos limites corporais. Nesse momento, eles aprendem sobre toques bons e ruins, ou seja, em que situações os adultos podem ter contatos físicos com crianças e adolescentes.

Já os pais e responsáveis participam de roda de conversa para aprender sobre o tema por meio da discussão sobre casos hipotéticos e são convidados a refletir sobre o que fazer para evitar a ocorrência de tais situações e como agir depois que acontecem. Ao final do encontro, os pequenos recebem um kit de material escolar como forma de estimular sua permanência no ambiente formal de ensino.

Mãe de um aluno da escola, Gleiciane Ribeiro conta que ações como essas são importantes para “abrir os olhos dos pais”. “Muitos não têm como ficar junto dos filhos em casa, acompanhar, têm que trabalhar, e eu acho importante porque hoje em dia estão acontecendo muito esses casos e, geralmente, são pessoas dentro de casa, que a gente acaba não notando porque muitos pais não escutam seus filhos e a criança acaba sendo culpada pelo fato”, comenta.

A vice-diretora da instituição, Ana Clicia Souza, opina que a atividade contemplou todas as famílias: “É interessante porque é um trabalho, um projeto, bem completo. A família muitas vezes precisa também dessas informações, porque acaba se deixando levar pela vizinhança, pedindo para os que estão ali ajudarem a tomar conta da criança, e acaba que, por trás disso tudo, tem uma má-fé, infelizmente”.

Cuidado

O objetivo do projeto é trabalhar limites corporais, autoproteção e rede de segurança, segundo o coordenador do grupo, mestre em segurança pública Diego Martins. A intenção, diz ele, é que “os adultos, ao participarem da roda de conversa, conheçam como costumam agir os abusadores e passem a adotar novas estratégias de cuidado para que as crianças permaneçam seguras e livres de violência”, ressalta.

Uma das madrinhas do grupo, a assistente social Monique Loma diz que é essencial fomentar a educação preventiva com crianças e adultos das comunidades. “Primeiro, porque a violência sexual contra crianças e adolescentes é uma prática que ainda acontece em todo o Brasil. Segundo, para que o país enfrente e supere essa grave situação, é preciso conhecer muito bem o problema. E é aqui que entram as ações que o projeto desenvolve nas escolas”.

Durante os encontros, que ocorrem com frequência, em bairros diferentes, são feitas as dinâmicas Semáforo do toque” e “Trilha da proteção”, explicadas abaixo, ambas atividades lúdicas para ensinar e garantir a proteção. O projeto Futuro Brilhante tem natureza voluntária e, atualmente, reúne profissionais e estudantes de nível superior com o objetivo de disseminar informações para a prevenção de crimes de natureza sexual contra crianças e adolescentes.

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