Paralisação de peritos criminais altera serviços no Pará

A paralisação começou no início da manhã desta quinta-feira (10) e deve se estender por 12 horas

Dilson Pimentel
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As atividades de Perícia Criminal do Pará estão suspensas durante uma paralisação que começou na manhã desta quinta-feira (10), às 7h, e deve se estender por 12 horas. A informação foi confirmada pela Associação de Peritos Oficiais do Pará (Aspop). Por volta das 9h, a reportagem registrou a movimentação em frente à sede da Polícia Científica do Estado do Pará (PCEPA) em Belém, no bairro do Bengui. Diante da paralisação, familiares informaram que aguardavam com atraso a liberação de corpos pela perícia.

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Segundo a Aspop, foi garantida a porcentagem legal de 30% nos serviços internos de laboratório e medicina legal. A associação afirmou que também foi permitida, por questões humanitárias, a entrada de vítimas de agressão sexual e idosos. 

A categoria reivindica recomposição salarial, aos ajustes na carreira, por meio do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR), da implementação do plantão remunerado e da aprovação da PEC da perícia.

"A PEC da perícia trará segurança jurídica para as atividades da Polícia Científica, assim como o resgate de direitos e prerrogativas que foram perdidos há mais de 20 anos", detalha a Aspop, em nota.

A concentração da paralisação foi marcada nas sedes da PCEPA em Belém e nas regionais de Altamira, Castanhal, Marabá e Santarém, incluindo os núcleos de Abaetetuba, Bragança, Itaituba, Paragominas, Parauapebas e Tucuruí.

"Corpos que estão sendo liberados somente do serviço de verificação de óbito (SVO) e exames somente do Parapaz e crimes de violência sexual contra idosos e crianças", detalha a Aspop.

Liberação de corpos

Maria Angélica Pereira, 47 anos, cuidadora de idoso, foi para a PCEPA em Belém para liberar o corpo do pai, que foi encontrado morto em estado avançado de decomposição. Segundo ela, a previsão era liberar o corpo a partir de 8h desta quinta. Entretanto, foi surpreendida pela paralisação.

Ela disse que recebeu a informação de que o corpo só será liberado na sexta-feira (11). Mas ainda não sabe a hora. "É uma tristeza. Uma angústia que se prolonga", disse ela, cuja família mora na Pratinha 1.

Em nota, a Polícia Científica do Pará informou "que os serviços essenciais da instituição estão mantidos. As demandas levantadas pela categoria estão em análise junto à Secretária de Planejamento do Estado do Pará e Procuradoria Geral do Estado".

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