Palacete Bolonha passa por reforma
Detalhes da obra histórica sendo resgatados.
Andar pelos cômodos do Palacete Bolonha é fazer uma viagem no tempo de volta à Belém da Belle Époque, do início do século XX. Em cada um deles, a riqueza de detalhes decorativos e símbolos da arquitetura eclética. Todo esse valor histórico e estético da edificação, que se destaca na avenida Governador José Malcher, será resgatada com a obra de restauração do prédio, iniciada em março, pela Prefeitura de Belém.
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O casarão está recebendo restauro por completo. Paredes, forros, pisos, peças de gesso, madeira e vidro, luminárias, fachada, cobertura, telhas, esquadrias, portas, janelas, escadas, tudo será restaurado, em cada detalhe. Todas as instalações elétricas passarão por reforma. Os banheiros, além de restauro, passarão por reforma, incluindo as instalações hidráulicas.
Dentre a modernizações necessárias no prédio estão a implantação de sistema de vigilância, sistema de ar condicionado, sistema contra incêndio, manta protetora na cobertura, nova caixa d'água e cisterna.
A destinação do espaço, após a obra, é a adequação para futura utilização como “Casa-Museu Francisco Bolonha” e “Atelier de Projetos”, que visa preservar a memória da arquitetura e da engenharia do início do século XX.
Execução
A obra está em com 20% do andamento executado e tem prazo de um ano. Dentre os serviços em execução estão a revisão da parte elétrica e da rede de refrigeração; limpeza de azulejos; prospecção pictórica; revisão de esquadrias; recuperação das peças de madeira da cobertura; seleção e limpeza das telhas de ardósia e instalação da manta térmica na cobertura.
Na cobertura, um trabalho intenso para recuperar um elemento fundamental na proteção do bem histórico. Uma a uma, as pequenas telhas de ardósia, são retiradas, limpas e analisadas para verificar o que ainda pode ser aproveitado ou restaurado. Na cúpula da cobertura, peças de madeira também recebem o mesmo cuidado. De um lado da cobertura, a manta térmica de proteção já está instalada.
Restauro
Um dos serviços mais importante nessa etapa da obra é a prospecção pictórica, que consiste em retirar as camadas de tintas de paredes, portas, janelas, forro e peças metálicas, para pesquisar, em laboratório, a cor original de cada elemento. Seis pessoas especializadas em restauro atuam nessa fase do trabalho minucioso de descoberta de cores originais.
Segundo o engenheiro da empresa, Multisul Engenharia, contratada para executar a obra, Charles Aragão, o trabalho de restauro busca ao máximo da especialização das pessoas envolvidas na obra. “A nossa equipe está o tempo todo se atualizando em restauro e também contratamos um escritório especializado nesse tipo de serviço que nos orienta em todas as etapas. Tudo para preservar a história desse prédio e permitir que outras gerações possam conhecer esse bem conservado”, defende o engenheiro.
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