'O Liberal na Escola' leva a estudantes no Acará debate sobre violência contra a mulher
Quarenta alunos, 3 mães e 8 funcionários da Escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro participaram de roda de conversa sobre o tema

Estudantes da Escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro II - Quilombola, na comunidade ribeirinha Furo do Maracujá, no Município do Acará, no nordeste do Pará, participaram, nesta quinta-feira (20), de uma atividade pedagógica diferente: uma roda de conversa sobre o tema palpitante da violência contra a mulher. A iniciativa integra as atividades do Programa "O Liberal na Escola", ação de responsabilidade social do Grupo Liberal, com apoio do Instituto Criança Vida.
Essa escola faz parte do programa há dois anos e, assim, desenvolve ações pedagógicas mediante o uso de exemplares do jornal O Liberal em sala de aula e ainda outras atividades que buscam potencializar o conhecimento real por parte dos alunos, contribuindo com os conteúdos dos componentes curriculares. Além da atividades no ambiente escolar, os estudantes também desfrutam de atividades extraclasse. Uma delas ocorreu na terça-feira (17), quando um grupo de alunos dessa unidade escolar visitou a sede do Grupo Liberal, no bairro do Marco, em Belém, onde fucionam os jornais O Liberal e Amazônia, a Rádio Liberal e o Portal oliberal.com.
Inclusão
A roda de conversa na escola contou com a participação de 40 alunos, 3 mães de estudantes e 8 funcionários. O tema abordado foi "A luta contra a violência feminina", e atuou como mediadora a fazedora cultural e arte-educadora Lo Ojuara. Ela possui experiência em Movimentos contra a violência à mulher, ou seja, na conscientização de cidadãos por meio de expressões artísticas, como a dança e filmes, e também palestras em diversas localidades, principalmente, nas periferias.
No formato roda de conversa, os estudantes se sentiram mais incluídos e envolvidos no processo educativo. A palestrante partiu de situações cotidianas que abordem o assunto, visando a identificação dos participantes com a temática e a interação entre eles. Posteriormente, deu-se a possibilidade de os participantes apresentarem as suas histórias de vida, para que houvesse uma intervenção profissional e que esteriótipos fossem desconstruídos naquele espaço. Além dos alunos, os funcionários da unidade escolar e mães dos discentes também estiveram presentes e interagiram durante o evento.
A gestora escolar, Creldina Diniz Rodrigues, destacou que essa atividade contribuiu para a conscientização da comunidade escolar, observando algumas situações que ocorrem em sala gerando a necessidade de intervenção técnica para solucionar a problemática. Creldina Rodrigues ratificou que a palestrante foi intencional na abordagem e que a didática utilizada foi fundamental para os participantes refletirem acerca da suas ações. A gestora considera a ação como um diferencial na vida de alunos.
Na avaliação da coordenadora pedagógica da escola, Mariane Souza, a palestra foi importante para a formação dos alunos. "Essas ações fazem com que eles se sintam cada vez mais pertencentes a uma sociedade inclusiva, justa e democrática. Agradecemos ao Programa "O Liberal na Escola" por sempre atender nossas demandas, disponibilizando parceiros na construção do conhecimento", ressaltou.
Novos horizontes
O coordenador de "O Liberal na Escola", Alan Siqueira, afirmou o programa educacional tem a função de contribuir com a qualidade da educação no Pará, em especial, em localidades e escolas periféricas que busquem promover atividades ativas, diferenciadas e que gerem transformação social.
"O Programa estar aqui é imensamente satisfatório, pois dessa forma temos a certeza que estamos contribuindo de forma qualitativa com escolas, alunos e famílias que por diversas vezes encontram dificuldades em acessar conhecimentos mais técnicos, que vão além do saber docente, por conta das peculiaridades geográficas", pontuou Alan.
O pedagogo enfatizou que, neste ano, essa é única escola ribeirinha e quilombola cadastrada em "O Liberal na Escola", mas que já está sendo articulado para que outras 15 escolas ribeirinhas -- sendo 6 quilombolas, distribuídas entre os municípios do Acará e Ponta de Pedras (na Ilha do Marajó) -- sejam incluídas no programa, considerando a importância e valorização educacional, cultural e social do trabalho desenvolvido com esses públicos.
De 1995 até 2020, o programa contemplou 4 mil escolas, 557 mil estudantes, 21,5 mil professores e teve 3,4 milhões de jornais distribuídos.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA