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Moradores do bairro da Campina, em Belém, denunciam insegurança nas ruas

A população que frequenta a área relata casos de intimidação e coerção feitas por dependentes químicos

Maiza Santos

A população que mora no bairro da Campina, em Belém, reclama da insegurança no local, em especial no perímetro da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e da Paróquia Santíssima Trindade. Dependentes químicos que vivem na área estariam coagindo e intimidando os moradores e pessoas que transitam pelas ruas ao entorno das igrejas ao pedir dinheiro. A situação chegou a ser denunciada no Repórter 70, do Jornal O Liberal. 

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Com portas e janelas trancadas nas casas, os moradores do entorno das paróquias tentam se manter seguros e não gostam de falar abertamente sobre os casos de intimidação feitos pelos dependentes químicos. No entanto, um guarda municipal que presta serviço em um estabelecimento público ao lado da paróquia Nossa Senhora do Rosário, relatou que casos de coerção e até furtos acontecem à luz do dia.

“A igreja distribui café da manhã e muitas pessoas em situação de rua vêm para cá. Vários deles têm tornozeleira eletrônica e usam isso para amedrontar as pessoas. Essa também é uma área complexa, onde ocorre venda de drogas, e como tem muitos dependentes químicos, às vezes acontecem furtos. Aqui na frente, como têm a distribuição de comida, vem alguns idosos e eles são as vítimas recorrentes dessa situação”, afirma o agente.

Quem frequenta a área das igrejas todos os dias afirma que muitos dependentes químicos e pessoas em situação de rua ficam permanentemente no local. Eles mantêm amizade entre sí e acabam intimidando quem os questiona. “As pessoas que eles (pessoas em situação de rua) conhecem é tranquilo. Tinha uns vizinhos daqui que queriam ser ‘donos da rua’, colocar moral, esses acabavam escutando”, conta Cosmo Magalhães, de 70 anos, explicando o motivo do medo dos moradores das casas no perímetro. 

image Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (Reprodução: Ivan Duarte / O Liberal)

Ajuda as pessoas em situação de rua

Segundo um representante da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, que também é integrante da Comunidade Fraternidade o Caminho (CFC), a iniciativa oferece café da manhã e jantar às pessoas que chegam até a igreja em busca de ajuda. Além disso, também distribuem roupas e itens de higiene aos necessitados. Segundo o representante, cerca de 100 pessoas são atendidas pela CFC, de segunda a sábado. Quem deseja auxiliar a igreja do Rosário na ajuda às pessoas em situação de rua, pode procurar a paróquia no endereço: Rua Pe. Prudêncio, 291 - Campina, Belém.  

Sobre o caso das intimidações

De acordo com nota da Polícia Militar, enviada no dia 31 de janeiro, equipes do Núcleo de Estatística e Análise Criminal (Neac) do 2° Batalhão investigam os casos de intimidação aos moradores da área das igrejas do Rosário e da Trindade, no bairro da Campina. Além disso, a Guarda Municipal de Belém (GMB) informa que realiza patrulhamento, por meio de viaturas, nas praças que ficam localizadas nas proximidades das paróquias. Além disso, destaca que, constantemente, realiza abordagens e busca pessoal e, quando necessário, a apreensão de produtos ilícitos e dispersão de pessoas que utilizam irregularmente o local.

Como denunciar casos de roubos ou furtos?

A população da cidade pode auxiliar o trabalho da Guarda Municipal de Belém e da PM denunciando qualquer situação. Para isso, basta ligar para 153 ou 190 e a guarnição mais próxima irá ao local.

Ajuda no tratamento de dependentes químicos

A prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), realiza um trabalho voltado ao tratamento de pessoas dependentes químicas. Esse auxílio ocorre por meio de equipes do ‘Consultório na Rua’, que cuidam da saúde de pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade, evitando o agravamento de doenças pré-existentes e identificando doenças que podem ser tratadas.

Atendimentos: o funcionamento do Consultório são itinerantes e ocorrem de segunda à sexta, das 7h às 13h e das 14h às 20h.

Como acontece a oferta dos serviços?

Durante o tratamento são apresentados alguns serviços do Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) Álcool/ Drogas. No entanto, é necessário que o dependente químico vá voluntariamente ao CAPS AD.

 

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