"Milagreiros" são homenageados por devotos

Camilo Salgado e "Moça do Táxi" são alguns dos mais procurados

Redação Integrada ORM
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É no Dia de Finados que muitas pessoas visitam os túmulos de quem alcançou os títulos de santos populares e milagreiros. De longe, nos cemitérios, algumas sepulturas parecem ter espaço disputado. Pequenas multidões se dirigem aos espíritos desses milagreiros para pedir bênçãos e fazer promessas. Alguns devotos sequer sabem como começou o culto, mas respeitam e se sentem próximos. Há quem apenas sinta admiração e empatia pelas personalidades.

No Santa Izabel, logo na entrada, fica o túmulo do médico Camilo Salgado. Era conhecido por não cobrar pelas consultas a pacientes pobres. Quando morreu, muitos pacientes, familiares e amigos continuaram pedindo que ele cuidasse da saúde deles, mesmo que em outro mundo. E assim a devoção começou. Há estandes para as muitas velas acesas em nome dele no Dia de Finados. "Tive um câncer de próstata. É aquela coisa... a gente fica arrasado. Procurei, em primeiro lugar, a ciência. Mas também me recomendaram procurar uma casa espírita. Tenho certeza de que fui curado pela equipe da Casa do Caminho, no Jurunas, e os aparelhos, tudo através do doutor Camilo. Não tenho menor dúvida. A ciência já concluiu que estou curado. Desde o ano passado eu venho agradecer, como tanta gente", disse o cirurgião dentista Antônio José.

Ainda no Santa Izabel, fica o túmulo de uma das mais famosas lendas urbanas de Belém: Josephina Conte, a "Moça do Táxi". Ele tinha 16 anos quando morreu de tuberculose. Como adorava andar de carro, segundo a lenda, uma vez por ano ela pega um táxi e passeia pela cidade até dar o endereço da casa da família dela. E seria quando o taxista descobriria que a passageira estava morta desde 1931. Só que além de uma "assombração", ela também atende promessas de quem ora pela alma dela. "Não conheço bem a história dela. Mas segundo as pessoas contam, ela pega um táxi. Então eu venho pedir proteção a todas os motoristas, taxistas que trabalham à noite... Toda vez que visito meu pai, aqui no cemitério, faço uma visita ao túmulo dela", contou a dona de casa Maria Elisete Ribeiro, após orar no túmulo de Josephina.

Em 1973, aos dois anos de idade, Diene Ellen foi estuprada e assassinada pelo próprio pai. O homem a esquartejou e colocou os restos dentro de uma mala. Colocou dentro de um ônibus, no terminal rodoviário, e despachou rumo ao interior do estado. O crime foi chocante quando descoberto. A criança foi enterrada no cemitério São Jorge e várias pessoas oram pela alma dela ou fazem pedidos por graças. Quase sempre são pedidos para crianças. Ao redor do túmulo são deixadas velas, doces e brinquedos. "Pela maneira que ela [Diene] foi morta, sempre que venho aqui visitar meu pai e minha mãe, deixo uma vela para ela. Poxa, o pai matou, botou na mala e a gente se sensibiliza. Fazemos pedidos e agradecemos pelas graças que sempre conseguimos. Já sinto uma proximidade", comentou o taxista Antônio Cláudio Reis.

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