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Jesus ensina o cumprimento da Lei de Deus que liberta a humanidade

Em seu pronunciamento, padre Claudio Pighin discorre sobre a lição do Cristo acerca da lei do sábado

Eduardo Rocha
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Em Marcos 2,23-3,6 é narrado que os discípulos de Jesus arrancaram algumas espigas de milho, o que chocou a fariseus, os quais perguntaram ao Mestre por qual razão eles faziam aquilo em um sábado, contrariamente à lei vigente. Jesus respondeu que Davi e seus companheiros estavam com fome e entraram  na casa de Deus e comeram os pães oferecidos a Deus, os quais somente aos sacerdotes era permitido comer esse alimento. Jesus ensinou: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado". O Mestre entrou de novo na sinagoga e curou um homem com a mão seca. Essa transgressão da lei hebraica sobre o dia do sábado por Jesus Cristo é o tema abordado pelo padre Claudio Pighin, diretor da Escola de Comunicação Papa Francisco, na Homilia deste final de semana. 

Padre Claudio destaca, com relação ao 9º Domingo do Tempo Comum, que Israel tinha muitas leis para se respeitar o sábado. Por exemplo, os hebreus não podiam fazer 39 trabalhos principais, que por sua vez eram subdivididos em 39 trabalhos secundários, dando um total de 1.521. Era proibido percorrer mais de 480 metros, e quem não obedecia à lei era punido até a pena de morte, como dito no livro do Êxodo. Assim, se deve compreender a partir da circunstância histórica daquele tempo, como frisa o padre.

"Repouso e não aflição"

O sábado é o dia em que Deus repousou, depois da Criação. O ser humano também repousa depois de dias de trabalho, respeitando o sábado. Nesse sentido, o ser humano declara a sua total dependência de Deus, Senhor de toda a Criação. Para os cristãos, o sétimo dia é também sinal da Ressurreição, do mundo aguardado com fé, do repouso sem fim. Os princípios da lei do sábado são traídos quando ela se observa como fim em si mesma, isto é, da maneira simplesmente legalística, um legalismo que chega até a matar as pessoas. 

Com a excessiva observância das leis, não se consegue mais perceber a profundidade das pessoas, como melhor promovê-las. Isso porque as leis, às vezes, não ajudam as pessoas, como destaca o religioso. "De fato, o projeto de Deus, desde o início, era de que o sábado devia servir para o repouso do ser humano, Sua criatura. Assim sendo, não ficar escravo da lei, "mas convidá-lo a ser um imitador de Deus. Repouso e não aflição", ressalta o padre Claudio Pighin. Por isso, o Mestre Jesus se opõe firmemente a tudo, e a todos que se amarram às exterioridades legais". 

Quem adota uma postura legalística não compreende o Mistério do Reino de Deus. Para Jesus, a lei traz aquilo que faz crescer o ser humano e de maneira harmoniosa. "Na prática, as leis devem promover a liberdade e não a escravidão. Assim sendo, a lei tem uma função bem pedagógica, e a cura do homem da mão atrofiada na sinagoga simboliza quem é incapaz de viver na plenitude a sua vida e a religião com as suas leis não consegue ajudar. No entanto, Jesus lhe dá essa força de vida. Saber acolher a vida é um dom de Deus, é poder dos nossos méritos. A religiosidade que não produz pessoas que saibam amar, mas, somente, exclusivamente, servidores da lei, é inútil", finaliza o padre Claudio Pighin.

 

 

 

 

 

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