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Em Belém, o veículo mais comum é o automóvel, que equivale a 59.14% da frota do município

Em Anajás, no Marajó, a população prefere andar de motos; cidade lidera ranking nacional, aponta Secretaria Nacional de Trânsito

Dilson Pimentel

Uma em cada três cidades brasileiras tem mais motos registradas do que qualquer outro tipo de veículo motorizado. No Pará, o destaque é para a cidade de Anajás, que, em termos proporcionais, lidera o ranking nacional. Nesse município, situado na ilha do Marajó, o total de motos é 482 e a proporção de motos em relação à frota é 94,88%. Mas, em Belém, o veículo mais comum é o automóvel, que equivale a 59.14% da frota do município. Com relação às motos — que totalizam 188.535 —, 35,8% da frota de veículos da capital são dessa categoria. 

Os dados são da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) de setembro de 2023. Outros números apontados nesse levantamento: em 1.903 cidades, a moto é o veículo mais registrado; em 3.665, o carro fica no topo da lista. Em apenas uma, Carmésia (MG), o ônibus lidera. A distorção é decorrente da existência de uma empresa de viagem de ônibus no local, o que aumenta o número de registros de emplacamento desse tipo de veículo por lá.

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Além de carros e motos, os dados da Senatran consideram também caminhonetes, caminhões e outros tipos de veículos. As motos são ainda mais populares no Norte do país. Na região, 8 em cada 10 cidades têm mais motos registradas do que carros ou qualquer outro veículo. No Nordeste, 7 em cada 10 motos.

image Thiago Cruz, 28 anos, usa a motocicleta em seu trabalho diário, prestando serviços por aplicativo (Marx Vasconcelos (Especial para O Liberal))

Thiago Cruz, 28 anos, usa a motocicleta em seu trabalho diário, prestando serviços por aplicativo. Ele afirmou que prefere a moto ao automóvel. E aponta algumas razões para optar pelo veículo de duas rodas: “É o preço (para comprar a moto) e a facilidade para se locomover”, disse.

Mas, ao mesmo tempo, Thiago afirmou ser perigoso trafegar de moto pelas ruas da capital. “A gente tem que pilotar com segurança e pilotar pelos outros também, que não respeitam as regras do trânsito”, contou. Ele também disse que, muitas vezes, os condutores de automóveis “não respeitam” os motociclistas.

Thiago disse que os cuidados são redobrados a partir das 18 horas, quando aumenta o fluxo de veículos pelas ruas, já que muita gente está saindo do trabalho e indo para suas respectivas casas. Mas, ainda assim, prefere usar moto. A dele é moto própria - foi financiada em 36 meses. “Vou pagar agora a última parcela”, afirmou.

image O vendedor de carros Arley Mendes, 35 anos, usa a moto para realizar seu trabalho, mas também tem automóvel (Marx Vasconcelos (Especial para O Liberal))

"Moto não é para qualquer um”, diz condutor de moto e de automóvel

O vendedor de carros Arley Mendes, 35 anos, usa a moto para realizar seu trabalho, mas também tem automóvel. Para ele, a vantagem da moto é a mobilidade, o que permite ganhar tempo. “E tempo é dinheiro”, disse. “No carro, você perde tempo no trânsito. Da (avenida) Júlio César pra cá (Terminal Rodoviário de São Brás), você gasta 20 minutos. De moto, não gasta nem sete minutos”, afirmou.

Arley disse que um dos problemas enfrentados diariamente no trânsito é, por exemplo, o pedestre que não atravessa na faixa corretamente, “assim como também tem motoqueiro que anda na ciclofaixa e não tem respeito”. “Moto é um risco. Não é para qualquer um. É para quem sabe andar mesmo”, disse ele, que financiou a moto, já quitada. Arley contou que usa seu carro mais à noite, quando o trânsito é mais tranquilo. Mas, se tivesse que optar, disse que ficaria com o carro, por causa da segurança e também por causa do clima - sol e chuva.

George Gomes, 42 anos, é gerente de um estabelecimento e tem automóvel particular. Ele disse que prefere o automóvel porque chove muito em Belém. Mas, como desvantagem, aponta o trânsito e os buracos na cidade. Ele afirmou que já teve moto, com a qual sofreu um acidente grave, há sete anos, em Belém. Por isso parou de conduzir motocicletas. “O trânsito não é sadio para a moto. É mais para o carro. A segurança é maior”, afirmou ele, que dirige automóveis há 22 anos.

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