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Costureira muda portfólio na pandemia e quer mobilizar trabalhadores das confecções

Dona Sarah já divide encomendas com outras colegas de profissão, mas gostaria de dividir os conhecimentos para outras pessoas poderem trabalhar

Victor Furtado

A costureira Sarah Belém, de 54 anos, é dona de um atelier no bairro de Canudos. Como muitos trabalhadores autônomos do mundo, precisou buscar meios de seguir trabalhando, de continuar vendendo. O negócio, focado em roupas sob medida, teve uma ampliação do portfólio para outras coisas: capotes, máscaras e produtos de costura em geral para recém-nascidos.

Assim Sarah descobriu novas vertentes de empatia e solidariedade ao dividir encomendas. E agora quer dividir o que aprendeu com outras pessoas que precisam de renda. Dona Sarah é um dos exemplos do Projeto Continue Vendendo, do Grupo Liberal.

O Projeto Continue Vendendo foi lançado no dia 1º de abril deste ano. É uma iniciativa do Grupo Liberal para a valorização e divulgação dos serviços de pequenos autônomos locais, uma das categorias de trabalhadores mais afetados pela pandemia de covid-19.

Com um anúncio que fez nos veículos de comunicação do grupo, clientes começaram a aparecer para Sarah Belém. Para ela, que mora sozinha, a paixão pela costura, que começou ainda aos 17 anos, é o que a tem feito seguir em frente, mesmo frente ao necessário distanciamento da família e dos clientes, com quem acaba tendo uma relação de amizade.

"Trabalho há uns 30 anos em costura e confecções. Comecei por empolgação e virou paixão. Amo meu trabalho e profissão. Fico feliz quando uma cliente está satisfeita com o trabalho. E procuro me doar para dar a máxima qualidade possível. Mas a pandemia veio para nos dar sustos e ensinar a modificar a linha de trabalho. Sempre trabalhei confeccionando para mulheres, homens, crianças e recém-nascidos, mais alguns artesanatos. Fui obrigada a mudar o ritmo e comecei a fazer capotes, roupas hospitalares, máscaras simples, máscaras mais elaboradas.... É pouco. Mas de pouco em pouco se faz muito", relata Sarah.

"Trabalho há uns 30 anos em costura e confecções. Comecei por empolgação e virou paixão. Amo meu trabalho e profissão. Fico feliz quando uma cliente está satisfeita com o trabalho. E procuro me doar para dar a máxima qualidade possível", diz Sarah Belém

image Costuras sob medida são especialidade de Sarah Belém: tudo começou aos 17 anos (Thiago Gomes)

Vontade de ensinar, após anos de trabalho no Projovem


O começo de cada ano sempre era de muito trabalho. Vinham as encomendas de uniformes escolares e essa foi uma demanda perdida com as escolas fechadas. As roupas sob medidas representam poucas encomendas agora, pois envolvem uma proximidade não muito segura para quem precisa de distanciamento.

Essa distância também reduziu um dos prazeres da profissão, que é conversar com os clientes. Por isso, os trabalhos agora seguem com produtos mais padronizados e que atingem outros públicos mais amplos. Só que quem precisar de algo mais específico, pode procurar por ela.

"Se não fizermos isso, buscar essa mudança, seria muito pior. Já temos muitas perdas e sofrimento. Eu perdi um irmão em setembro do ano passado e estou isolada. Ver meus irmãos requer muito cuidado. Então sigo trabalhando e gostaria de repassar o que aprendi para que outras pessoas consigam um trabalho, tenham uma renda e tenham autonomia. Principalmente mulheres", pondera ela.

"Esses auxílios não são certos e seguros e uma hora acabam. Quem aprender a costurar, vai levar isso para a vida e não só como uma alternativa na pandemia. Podemos mobilizar um grupo de mulheres costureiras que podem pegar várias encomendas e dividir o trabalho", comenta Sarah, que já foi professora de modelagem e costura no antigo programa Projovem.

"Se não buscarmos essa mudança, será pior. Já temos muitas perdas e sofrimento. Sigo trabalhando e gostaria de repassar o que aprendi para que outras pessoas consigam um trabalho, tenham uma renda e tenham autonomia. Principalmente mulheres"

image Modelos mais padronizados e outros produtos se aliam ao apoio do Continue Vendendo (Thiago Gomes)

Siga firme e Continue Vendendo!


O Projeto Continue Vendendo é uma campanha do Grupo Liberal para apoiar pequenos empreendedores, comércios, pequenos negócios e os informais ativos, para reforçar o giro da economia local e que tem reflexo em todo o mercado. A ideia é divulgar serviços e produtos do mercado local, assim como compartilhar novas e boas práticas criadas pelos profissionais de diversas áreas diante da pandemia de covid-19.

"O Grupo Liberal pode até ver o projeto como algo pequeno. Mas é imenso para nós. Tenho esperança de que as coisas vão melhorar. Podemos todos nos unir e fazer esses projetos chegarem a mais pessoas, para transformarem as realidades delas. Fiquei muito feliz em ser contemplada no Projeto Continue Vendendo. Eu não sou só uma costureira. Sou uma amiga, alguém que está perto, que conversa, que ri e que quer ajudar", sorri Sarah.


Mais sobre o Atelier Sarah Belém
Endereço: Travessa Francisco Monteiro, entre as ruas Silva Rosado e Dr. Américo Santa Rosa, número 760. Vila Conceição, casa H, bairro Canudos.
Contato: Sarah Belém (91) 98803-5215

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