Congresso em Belém discute avanços da medicina de precisão e inovação tecnológica na saúde
O II Congresso Amazônico de Medicina e Inovação em Saúde, realizado pelo Centro Universitário Fibra, segue até domingo (24) em Belém
Com temas voltados à medicina de precisão e ao uso da inteligência artificial na saúde, o II Congresso Amazônico de Medicina e Inovação em Saúde iniciou neste sábado (23), em Belém, e segue até domingo (24). Promovido pelo Centro Universitário Fibra, o evento reúne profissionais, estudantes e pesquisadores no Hotel Princesa Louçã, na capital paraense, para debater os desafios regionais e os avanços científicos no contexto da realidade amazônica.
A abertura da programação foi conduzida pelo reitor do Centro Universitário Fibra, o professor Vicente Noronha. “O segundo congresso de Medicina, Inovação e Saúde já estava gerando uma expectativa muito grande. Trabalhar junto à comunidade acadêmica, promovendo a saúde e bem-estar, é muito importante. Nós trabalhamos a área da saúde no Centro Universitário de Fibra. Estamos fazendo muita diferença, promovendo eventos desse porte, em que se propaga o saber científico de uma maneira muito concreta e que os atores envolvidos são extremamente qualificados”, observa o gestor.
Sobre a escolha dos temas relacionados à inteligência artificial na medicina, o presidente do congresso, David Bichara, destaca que a tecnologia tem sido cada vez mais incorporada à área da saúde. Segundo ele, é fundamental acompanhar essa tendência e integrá-la à prática profissional. “Esse é um tema que vem sendo discutido na academia. Hoje, o mundo inteiro discute inteligência artificial e medicina de precisão. São recentes avanços que vão transformar, de sobremaneira, a saúde da população mundial. Já estamos vendo que as pessoas estão vivendo mais”, afirma o médico.
“A inteligência artificial e a medicina de precisão estão resolvendo várias doenças que antes a gente não tinha tratamento. Como exemplos, nós temos, por exemplo, as roupas vestíveis. Hoje, uma pessoa paraplégica coloca uma roupa tecnológica e pode andar. Há também a inteligência epidérmica, em que você faz medicamento através da epiderme. Ainda vemos os óculos inteligentes. Uma pessoa que não tem visão coloca esse acessório e basta apontar o dedo para o livro e esse óculos lê um livro, reconhece pessoas, reconhece cédulas de dinheiro”, acrescenta Bichara sobre a tecnologia na medicina.
Troca de experiências
Segundo Bichara, o evento é um momento de trocar experiências e informações entre profissionais da saúde, acadêmicos e pesquisadores. “Além da programação, que está trazendo as inovações de tecnologia, estamos com uma novidade na feira, que é o lançamento de um aparelho para fazer hemograma. E ainda, estamos com quatro jornadas paralelas. Jornada de oncologia, jornada de anestesiologia, jornada de inovações em biomedicina e uma jornada comemorativa aos 70 anos do Amaral Costa Medicina Diagnóstica”, enfatiza.
O congresso também marcará o lançamento de duas publicações voltadas à saúde na região: “Mudanças Climáticas e Doenças Infecciosas na Amazônia: uma reflexão para a COP da floresta” e “Exames Complementares em Cardiologia: guia essencial para estudantes e profissionais”. Os exemplares serão distribuídos gratuitamente aos participantes. A programação inclui ainda a criação da Rede Amazônica de Medicina de Precisão/Saúde de Precisão, que nasce com a proposta de reunir profissionais e centros de pesquisa em torno de práticas médicas personalizadas. Quem assinar aa ata de fundação passarão a ser reconhecidos como sócios fundadores da iniciativa.
Jornada
A Jornada de Oncologia é apontada como um dos principais destaques do congresso. Sob a coordenação do médico oncologista José Luís Carvalho, a programação será dedicada ao debate sobre os tipos de câncer mais incidentes na região, entre outros temas. Ele acredita que as inovações debatidas no evento são essenciais para o tratamento de diversas doenças.
“Os palestrantes locais estão em um ritmo acelerado, integrando todas as áreas da medicina e da oncologia nesta fase de inovação em saúde É importante pontuar que a máquina não vai substituir o homem, mas que pode nos dar auxílio na evolução do tratamento oncológico. Temos que ter um tratamento mais assertivo, que importe em um resultado e um viver bem muito melhor”, observa o médico.
Aprendizado
O estudante de medicina Vitor Rocha, de Castanhal, participou do congresso motivado pelo tema da inteligência artificial na medicina. Ele destacou que a evolução das novas tecnologias exige que os profissionais estejam preparados para acompanhar mudanças e buscar novos padrões de conhecimento, capazes de lidar com a revolução tecnológica que também chega à área da saúde.
Segundo ele, participar de eventos como esse é uma forma de se atualizar sobre o que está acontecendo na prática médica e social. “Como as novas tecnologias estão evoluindo a cada dia, isso também se reflete na área médica, o que despertou minha atenção. Existe a necessidade de sempre buscar novos horizontes, novos padrões de conhecimento e entender como nos portar diante da revolução tecnológica que está chegando à medicina e à sociedade”, relata.
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