Centenas de ciclistas fazem ato pedindo segurança no trânsito de Belém
Segundo a coordenação do evento, cerca de 500 pessoas participaram do ato que foi realizado no Dia Nacional do Ciclista

Sobre duas rodas e movidos pelo desejo de chamar a atenção a segurança no trânsito, um grupo com centenas de ciclistas tomou as ruas de Belém na noite desta quinta-feira, 19, em um ato em homenagem a Marcelo do Espírito Santo, que foi atropelado por um ônibus no último dia 16 e morreu após um dia de internação no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua. Partindo da Praça da República, o grupo seguiu em direção à avenida Centenário, no ponto onde o acidente fatal foi registrado. Segundo a coordenação do evento, cerca de 500 pessoas participaram do ato que foi realizado no Dia Nacional do Ciclista.
"Infelizmente tem ocorrido todo várias mortes de ciclistas no trânsito por ano, e a gente acaba tendo que fazer esse tipo de ato com frequência", lamenta Cris Morissette, uma das organizadoras que puxou a multidão por doze quilômetros em sua "bike" saindo da frente do Theatro da Paz e indo até os arredores do Conjunto Catalina, no bairro do Mangueirão . Ainda que o momento seja de luto pela perda de colega de pedal, ela diz que ver a união dos ciclistas na noite da homenagem em forma de protesto foi algo recompensador. "Pelo que eu vi hoje, a união está muito bem representada. Eu nunca tinha visto nada igual", celebra.
Segundo a organização do ato, Marcelo era amante das bicicletas e fabricava vários modelos personalizados. No local, eles instalaram a ghost bike (uma bicicleta fantasma) no topo de um poste para marcar que, ali, morreu um ciclista. Os manifestante também pintaram no chão mensagens e paz e esperança.
Além de prestar homenagem aos que partiram por conta das imprudências no trânsito, o ato também serviu para alertar as pessoas que usam a bicicleta como meio de lazer ou a trabalho, dividindo as ruas de Belém com os automóveis e pedestres. "Eu espero que os ciclistas se conscientizem. Não é somente o motorista que tem culpa, a gente também tem que saber como conviver no trânsito", encerra Cris Morissette, se esforçando para criar uma cidade que se movimenta de forma mais humana.
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