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Casais homoafetivos celebram o amor e a igualdade em casamento coletivo

Cerimônia foi realizada na UFPA, primeira universidade pública a receber um evento dessa natureza

Eduardo Rocha
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Onze casais homoafetivos concretizaram o sonho de oficializar sua união perante a lei na tarde desta sexta-feira (5), em cerimônia realizada no Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (UFPA). O casamento coletivo é fruto da atividade desenvolvid pela ONG Organização da Livre Identidade e Orientação Sexual do Pará (Olivia).

Esta foi a quinta edição do casamento LGBTI no Pará, sendo a terceira organizada pela ONG Oliívia e a primeira sediada na UFPA. O evento permitiu aos casais, familiares e a todos os presentes envolvidos na causa LGBTI celebrar a liberdade de amar sem preconceitos. A juíza Rosana Bastos, da 1ª Vara Cível de Belém, foi quem presidiu a cerimônia, que contou com o apoio do 1º Cartório de Casamentos de Belém. 

Formalizaram o compromisso nove casais compostos por mulheres e dois por homens. A servente de obras Tamilly Heloise Oliveira, 23 anos, e a empregada doméstica Elizângela Nunes Munhoz, 38 anos, juntas há um ano, foram as primeiras a selar a união. "Estar aqui é tudo! Tivemos que superar o preconceito de toda parte, até das nossas próprias famílias para ficar juntas. Então esse momento é mais que uma vitória", comentou Elizângela. "Eu estou muito feliz, essa é uma grande conquista e merece ser comemorada", afirmou Tamilly.

A manicure Natalina Ferreira, 30 anos, se uniu oficialmente à atendente Vanessa Silva, 30 anos. Parceiras no dia a dia há um ano e dois meses, as duas também comemoraram bastante a ocasião. "Só faltava o casamento para completar a nossa felicidade, porque já temos três filhas", contou Natalina. Josias Ferreira, 42 anos, que trabalha com lavanderia, e Ferdinando Araújo, 50 anos, serviços gerais, também comemoraram a realização de um desejo quee já vinha sendo acalentado há muito tempo. "Estamos concretizando o nosso sonho", disse Josias. 

O vice-reitor da UFPA, Gilmar Silva, afirmou que o casamento comunitário ratifica a proposta da Reitoria da Universidade de trabalhar a inclusão. "Aqui é o lugar de todos. Fazer o casamento tem uma simbologia importante, porque é a celebração do amor, e se as pessoas estão celebrando o amor a Universidade tem que celebrar com elas; essa é a nossa tarefa", pontuou.

A ONG Olivia contou com a parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) na realização do casamento coletivo. Para Gleison Oliveira, presidente da organização, a importância do evento se reflete em uma conquista coletiva, de toda uma comunidade. "Somos atacados todos os dias por conta da nossa orientação sexual, então esse é um momento de felicidade para as pessoas que, mesmo diante do preconceito que ainda existe, conseguem concretizar o sonho de serem felizes como são".

Ao todo, foram cinco meses de preparação para a cerimônia, englobando contribuições dos parceiros institucionais. O deputado federal Edmilson Rodrigues e o vereador Fernando Carneiro, ambos do PSol, participaram da cerimônia. Edmilson enfatizou que, a partir da legislação aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a homofobia passou a ser considerada um crime e, com isso, "a tolerância, a partir da Constituição Federal, passa a ser uma obrigação de todos". Já Fernando Carneiro definiu a cerimônia coletiva como "um dia de resistência" frente ao preconceito da sociedade contemporânea.

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