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Câmara de Parauapebas repudia agressões cometidas por prefeito contra jornalistas do Grupo Liberal

A Casa Legislativa se posicionou nesta quarta-feira (19) após episódio envolvendo equipe da Rádio Liberal + na COP 30

O Liberal
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A Câmara Municipal de Parauapebas se manifestou, nesta terça-feira (19), após as agressões cometidas pelo prefeito Aurélio Goiano (Avante) contra três jornalistas do Grupo Liberal - Wesley Costa, Isis Bem e Vanessa Araújo, da Rádio Liberal + - na Blue Zone da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém, registradas na última sexta-feira (14). O caso segue sob investigação da Polícia Civil e também pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“Em resposta à Redação de O Liberal, a Câmara Municipal de Parauapebas vem a público afirmar que repudia todo e qualquer ato de violência, independentemente de autoria, motivação ou circunstância. A integridade física, moral e profissional de todos os cidadãos deve ser sempre preservada e respeitada”, detalhou a nota da Câmara Municipal.

O comunicado ainda completa: “A Câmara Municipal reafirma seu compromisso com a democracia, o respeito institucional e a defesa incondicional dos direitos fundamentais”.

As agressões ocorreram quando o jornalista Wesley Costa, da Rádio Liberal+, foi surpreendido com um tapa no rosto dentro da área restrita do evento. As jornalistas Isis Bem e Vanessa Araújo também relataram ter sido hostilizadas e alvo de ofensas de gênero ao tentar impedir que o prefeito avançasse contra o colega. O episódio levou a ONU a suspender a credencial de Goiano, que foi retirada da conferência por equipes de segurança.

Avanço do inquérito

Até terça-feira (19), o advogado criminalista Luiz Araújo, que representa os três profissionais, informou que ainda aguarda o avanço do inquérito e a liberação de novas evidências, como o laudo do exame de corpo de delito e as imagens das câmeras de segurança da Blue Zone. Segundo ele, até esta terça-feira (19), o delegado responsável seguia monitorando o sistema interno para verificar se os arquivos já haviam sido disponibilizados pela organização do evento, o que ainda não ocorreu.

A agressão aconteceu dias após Wesley ter registrado, na Green Zone, um encontro entre Aurélio Goiano - aliado declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro - e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (Psol). A postagem repercutiu em Parauapebas e, segundo o jornalista, provocou repercussão local.

Após o episódio, Wesley recebeu atendimento médico no posto instalado dentro da COP 30 e a equipe registrou boletim de ocorrência. A Polícia Civil aguarda o laudo da Polícia Científica para dar sequência às diligências, enquanto a liberação das imagens depende da conclusão do processo investigativo da ONU. O Ministério Público do Pará (MPPA) também informou que aguarda a finalização do inquérito para adotar as medidas cabíveis. Assim que os autos forem encaminhados, o órgão analisará o material para definir os próximos passos.

Crimes

O advogado Luiz Araújo, que acompanha o caso, havia dito anteriormente à reportagem que poderá divulgar qualquer conteúdo ao final do processo investigatório, sem previsão de conclusão. Ele também tinha comentado anteriormente que o prefeito pode responder penalmente por sete crimes, que são eles: lesão corporal, crimes contra a honra, constrangimento ilegal, coação, ameaça, misoginia e injúria discriminatória.

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