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Calor e umidade de Belém exigem atenção redobrada com a hidratação

Especialistas e moradores falam sobre estratégias, mitos e cuidados com a ingestão de água em uma das capitais mais quentes e úmidas do Brasil

Fernando Assunção (Especial para O Liberal)

Em Belém, onde o calor intenso e a alta umidade fazem parte do cotidiano, manter-se hidratado é mais do que um cuidado - é uma necessidade vital. A combinação do clima amazônico com atividades diárias pode causar uma perda significativa de líquidos, exigindo atenção especial à quantidade e à qualidade do que se consome para repor essa perda.

A produtora cultural Jaquelliny Lopes conta que, desde que começou um acompanhamento nutricional, passou a levar a hidratação mais a sério. “A orientação é que eu tome de 2,5 a 3 litros por dia. É um pouco difícil, mas na maioria dos dias eu consigo atingir. Quando eu faço atividade física, fico com muita sede, então acabo tomando mais água”, relata.

De acordo com o nutricionista Fernando Leite, a famosa recomendação de “2 litros de água por dia” é um mito. “Essa quantidade pode servir para uma pessoa de 50 a 55 quilos, mas o ideal é calcular a necessidade individual. Basta multiplicar o peso por um valor entre 35 e 50 ml. Uma pessoa de 100 quilos, por exemplo, precisa de cerca de 4,5 litros diários”, explica.

Ele destaca ainda que hidratação não é sinônimo de ingerir qualquer líquido. “Refrigerantes e bebidas alcoólicas não contam. Se fosse assim, o álcool seria hidratante, e sabemos que é o oposto. A água e alimentos com alto teor hídrico são os mais indicados”, alerta.

Estratégias práticas no dia a dia

Jaquelliny encontrou formas práticas de atingir sua meta hídrica: “Uso copos e garrafinhas para medir. Meu copo tem 600 ml, então sei que preciso tomar cinco dele por dia. Também consumo bastante melancia, melão e morango, que ajudam muito na hidratação”, comenta.

imageJaquelliny utiliza diariamente garrafas térmicas (Wagner Santana / O Liberal)

Fernando reforça essa escolha: “Frutas como melancia, melão e até a água de coco são ótimas fontes de hidratação. Mas atenção: elas também têm calorias, então o equilíbrio é importante”.

Além disso, nos dias quentes, onde a transpiração é maior, a tendência é que a perda de água também seja elevada. “A gente sua mais do que percebe, porque o suor não evapora rápido no clima úmido de Belém. Por isso, a perda hídrica é ainda maior”.

“Para os dias mais quentes, a dica é ter uma garrafa de água e beber aos poucos para que o seu corpo tenha capacidade de utilizar esse líquido de maneira eficaz. Quando você acaba bebendo uma grande quantidade de água, isso faz com que o seu corpo não tenha tanto tempo de absorção, fazendo com que você muitas vezes elimine a água de uma maneira muito rápida”, orienta.

Ele ainda alerta: “Esperar a sede chegar é um erro. A sede já é um sintoma de desidratação. O ideal é beber água aos poucos, em pequenos goles, ao longo do dia”.

image(Wagner Santana / O Liberal)

Populações que merecem cuidado especial

Grupos como idosos, crianças, gestantes e lactantes precisam de atenção redobrada. “Idosos, muitas vezes, evitam beber água para não irem ao banheiro, por causa da mobilidade. Já as crianças podem não perceber que estão desidratadas. É papel da família lembrar e oferecer água com frequência”, orienta Fernando.

Sinais de alerta e mitos comuns

Alguns sinais de desidratação são boca seca, tontura, dor de cabeça e urina escura. “A urina deve ter uma cor mais clara, o que indica boa hidratação. Não precisa ser transparente, mas se estiver muito amarela ou escura, é sinal de alerta”, afirma o nutricionista.

Entre os mitos, Fernando aponta três principais:

  • Beber água só quando sentir sede;
  • Acreditar que qualquer líquido hidrata;
  • Pensar que dois litros servem para todos.

“Esses mitos prejudicam a saúde. A hidratação deve ser constante, principalmente em cidades quentes como Belém”, conclui.

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