Belém reduz em 8% o total de alunos com dificuldades para ler e escrever nas séries iniciais

Em 2022, eram 2.250 com atraso na alfabetização, cursando o 2º do ensino fundamental, contra 1.920 em 2023

O Liberal
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O total de alunos com dificuldade para ler e escrever cursando o 2º ano do ensino fundamental, em Belém, registrou uma queda de 8% em 2023 comparado a 2022, como apontam dados da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec). Em 2022, eram 2.250 com atraso na alfabetização contra 1.920 em 2023. Ainda segundo a Semec, o quantitativo de estudantes matriculados aumentou, porém, houve redução no percentual de não alfabetizados, por se tratar de elevação de matrícula de um ano para o outro.

Já em todo o país, mais de 50% das crianças do 2º ano do fundamental não sabem ler, segundo dados da Unicef. Os dados se baseiam nas séries iniciais do ensino fundamental, pois, ao final do 2º ano, todas as crianças — em torno da faixa etária de 7 ou 8 anos — deveriam dominar as habilidades de leitura e escrita, como prevê a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Com relação à dificuldade idade/série, a Semec pontua que a problemática apresenta diversos fatores, entre eles as consequências do período da pandemia de Covid-19, que desencadeou diversas dificuldades para os estudantes, em especial para crianças na construção do processo de alfabetização. Por isso, a secretaria pontuou que os dados são importantes para referendar as ações realizadas pela rede municipal de ensino e, assim, evitar, uma lacuna na aprendizagem. 

Ações

A Semec detalhou à Redação Integrada de O Liberal que atua em duas frentes de trabalho para minimizar os impactos da pandemia. Entre as ações, o avanço do movimento “Alfabetiza Belém” nos ciclos de formação, para trabalhar as dificuldades de aprendizagem. “Em 2023, com ações no turno e no contraturno, foram atendidos 1.280 estudantes em oito distritos de Belém, com funcionamento do programa em escolas polos, à medida das necessidades apresentadas pela avaliação diagnóstica dos professores das turmas de cada escola da rede municipal de Belém”, detalha o órgão.

“O outro grande projeto é o “Plano de Ação Pedagógica” desenvolvido desde 2021. Todos os anos, o Centro de Formação de Educadores Paulo Freire orienta a formação com esse foco para as escolas desenvolverem ações pedagógicas para os estudantes com dificuldades de aprendizagem e distorção idade/série (ciclo de formação na rede municipal). Desta forma, atendemos 85 escolas da rede que apresentam a referida demanda, perfazendo cerca de 46 mil estudantes beneficiados com esse projeto de apoio pedagógico”, completa a Semec.

Em paralelo às ações, para minimizar a distorção idade/série, a Semec também atua na formação de alfabetização da rede municipal de Belém que, apoiado no “Alfabetiza Pará”, do governo do Estado, e no compromisso “Criança Alfabetizada”, do governo federal, contribui com ações para potencializar o processo de alfabetização”.  Atualmente, são 440 professores atendidos especificamente para alfabetização e cerca de 2.536 servidores da educação recebendo formação para melhoria dos resultados da aprendizagem em nossas escolas”, afirma a Semec. 

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