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Action Figures: Colecionadores contribuem para a expansão desse mercado na região paraense

Empresa especializada registrou a venda aproximada de 13 mil Figuras Articuladas na região Norte, no período entre 2022 e 2023

Vitória Reimão

Colecionadores de Action Figures conquistaram um grande espaço no mercado brasileiro. Com a expansão do ramo de colecionáveis, muitos viram uma oportunidade de empreender com a venda das figuras de ação para o público adulto, os principais consumidores deste mercado. De acordo com os dados de rede varejista especializada em brinquedos, no período entre 2022 e 2023, a região norte teve uma venda aproximada de 13 mil Figuras Articuladas, o que corresponde a 65% da venda da categoria de colecionáveis.

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Essas figuras de ação podem ser réplicas ou representação de grandes personagens do cinema, animes ou séries. A coleção é voltada para o público adulto que compram os itens para ter de perto os seus heróis (ou vilões) dos seus universos fictícios favoritos. Essas pequenas estátuas podem contar com articulações em partes do corpo e que podem ser usadas para criação de posições detalhadas, sendo ótimas para realizar stop-motions e outro tipos de técnicas de animações voltadas para a composição em “quadros”

A empresa americana NPD Group, focada em pesquisa de mercado, revelou que o mercado de Action Figures cresceu 21% nas vendas em 2021, devido ao consumo de mais de R$ 280 milhões de brinquedos licenciados de super-heróis, o que inclui os produtos colecionáveis. No mercado paraense, uma das principais empresas especializadas em brinquedo informou que participa com 5% da venda da categoria de figuras de ação de colecionáveis.

Vendedores apaixonados por Action Figures

Em Belém, há outras lojas com intuito de atender os colecionadores, como é o caso do estabelecimento do empreendedor Luciano Jovi. Ele conta que sua paixão pelo colecionismo começou ainda na adolescência, com a compra de gibis, DVDs ou Video Home System (VHS) dos animes clássicos como Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco e Shurato. A vontade de entrar como empreendedor deste ramo surgiu em 2018, quando começou a verificar a abrangência do mercado, devido a grande repercussão dos filmes e séries da cultura pop. “Em 2019, a Jovi Toys nasceu oficialmente e estamos há quatro anos no mercado, trabalhando com encomendas e pronta entrega de Action Figures, colecionáveis e estátuas, sendo assim uma perfeita união de trabalhar com o que você ama”, disse.

Luciano Jovi

O empreendedor acredita que os colecionáveis mais procurados vão de acordo com os efeitos provocados por filmes, animes ou séries que estejam circulando no cinema ou streaming mais visualizados. “Fora essa questão, tem sempre as Action Figures da nossa famosa nostalgia de infância. Qualquer desenho assistido quando criança sempre tem uma busca feroz, principalmente quando algum fabricante ou marca lança algo relacionado”, pontuou Luciano.

Desde 2022, a empresa de Luciano Jovi já vendeu cerca de 1.300 colecionáveis, entre as categorias Action Figures e estátuas, seja na loja física ou pelo site. O empreendedor explica que o investimento para esta área é muito relativo, pois existem pessoas e lojistas que trabalham somente pelo formato online, sem a despesa com espaço físico. Por isso, cada um tem valores diferentes para gastos e investimentos.

Coleção com mais de mil itens 

Allan Ribeiro, médico intensivista e morador de Belém, possui uma grande coleção de bonecos articulados. No ano de 2019, ele começou a sua coleção com a compra de estatuetas e, atualmente, possui apenas figuras articuladas da escala 1:12, como sua preferência. Em média, Allan possui mais de 1.000 itens colecionáveis e sua motivação surgiu como forma de obter produtos que lhe tragam a nostalgia da infância.

Allan Ribeiro

Ele acredita também que o colecionismo é uma forma de aumentar os laços de amizade e que já participou de encontros entre os colecionadores residentes da região metropolitana de Belém. Possui ainda um canal do Youtube e na plataforma Tik Tok para divulgar as suas coleções que variam entre personagens de HQ’s e animes. "Agradeço aos meus pais por me mostrarem esse mundo de super heróis, seja por quadrinhos ou com action figures e hoje, a minha esposa me incentiva, seja me presenteando ou me acompanhando nesse mundo incrível do colecionismo", pontou Allan. 

Para Allan, a coleção é uma satisfação pessoal em poder resgatar os melhores momentos da infância por meio desses Action Figures. “O colecionismo saudável, e não compulsivo, é uma forma de equilíbrio e digo até que mental, pois a vida não é só pagar boletos, cobranças e trabalhos da vida adulta”, contou. 

Na compra dos itens, Allan disse que já chegou a gastar, por mês, em torno de 2 mil reais ou mais. O médico conta que a sua prioridade é ajudar a família e pagar as contas, mas “com o que sobrar, a gente faz um esforço de adquirir esses Action Figures, pois essa tarefa não é nada fácil”, declarou. “Estimo que já tenho, em peças, o equivalente a um carro Honda Civic do ano”, brincou.

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Belém
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