Mulher encara homem após ter bumbum filmado e quer mudar lei
Jovem teve vídeo de suas nádegas gravado sem consentimento e se tornou um símbolo por mudança social e jurídica
Yanni Gentsch, de 31 anos, teve o bumbum filmado sem consentimento na Alemanha e confrontou o homem responsável. A mulher, alvo de violação de direito de imagem, viralizou na internet após a ação e agora busca um processo judicial para alterar a legislação do país.
Enquanto corria, Yanni teve seu bumbum gravado. Ela reagiu, abordou o suspeito e o obrigou a apagar os vídeos. A alemã filmou toda a situação, o que gerou grande repercussão nas redes sociais. A atitude de Yanni foi um ponto de virada para ela.
"Para mim, isso não tem nada a ver com coragem. Só é preciso chegar a um ponto em que já basta. E esse foi o meu ponto", declarou Yanni sobre sua reação.
Amparo legal
A alemã alegou a intenção de prestar queixa contra o homem, mas não possuía base legal para pedir processo. As leis da Alemanha consideram ilegal filmar sem consentimento nádegas, seios ou órgãos genitais de pessoas nuas ou em roupas íntimas.
No entanto, se o indivíduo estiver vestido, como ocorreu com Yanni Gentsch, a legislação não prevê a proibição da filmagem. Esta particularidade dificulta a ação legal em casos como o dela.
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Mobilização por mudança na legislação
Mais de 130 mil assinaturas foram reunidas pela alemã para pressionar por uma alteração legal. A causa também tem apoio de políticos, visando revisar a legislação alemã sobre o tema.
Yanni Gentsch manifestou satisfação em transformar uma situação negativa em algo construtivo. "Estou muito feliz por ter conseguido tirar algo de uma situação tão ruim e, pelo menos, transformá-la em algo que agora está ajudando a mudar uma estrutura social", comentou.
A alemã se esforça para que a legislação do país mude, buscando maior segurança. "Talvez nunca exista um mundo em que as mulheres estejam 100% seguras. Mas podemos fazer com que, aos poucos, ele seja cada vez mais seguro", concluiu Yanni Gentsch.
(Jennifer Feitosa, Jovem Aprendiz, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)
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