'Sou contra ministro do STF se eternizar no cargo', diz Joaquim Barbosa
Barbosa foi relator do processo do mensalão e conduziu a condenação da maioria dos réus

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, aposentado em 2014 aos 59 anos, defende que o tempo de mandato na Corte seja limitado a 12 anos. Para ele, é melhor para a instituição que os ministros não permaneçam no cargo até os 75 anos, idade obrigatória de aposentadoria.
"Eu me aposentei da função de ministro do STF por razões objetivas. Uma delas é o fato de que sou filosoficamente contra a eternização no cargo. Eu sempre achei que ministro deveria ficar no máximo 12 anos. É bom para a instituição", afirmou Barbosa ao Estadão.
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O ex-ministro deu a declaração após o anúncio de aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso, colega de Corte que também defendia tempo fixo de mandato antes de chegar ao Supremo. Barbosa, porém, não quis comentar a decisão de Barroso.
Barbosa foi relator do processo do mensalão e comandou a condenação da maioria dos réus do esquema de compra de votos de parlamentares no primeiro governo Lula. Durante o julgamento, ganhou destaque na imprensa nacional. Em 2018, filiou-se ao PSB, mas não chegou a se candidatar.
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