Seminário aborda práticas jurídicas em Belém

Com o objetivo de orientar os estudantes universitários a respeito de práticas jurídicas, começa nesta sexta-feira (24) o "Seminário Ciências Criminais em Debate: Doutrina, Jurisprudência e Prática". O evento vai celebrar, também, os 25 anos de advocacia criminal de Roberto Lauria, responsável pela organização do seminário. Será realizado a partir das 15h, no auditório David Mufarrej, na Universidade da Amazônia (Unama). Cerca de 500 alunos se inscreveram para participar das discussões, que são abertas ao público, mas já esgotou o número de vagas.

Conforme o organizador, a intenção é compartilhar com novos profissionais da área do Direito como ocorre a prática da legislação. "Durante os anos de faculdade e ao longo da carreira, observamos que, muitas vezes, o que estudamos é diferente da prática, por isso queremos mostrar como o Direito é executado nos tribunais de Justiça. Tudo depende da interpretação do jurista. Queremos aproximar o estudante da forma como é pensada essa interpretação", comentou Lauria.

O importante, para o advogado, é fazer o estudante se empolgar e buscar conhecimento, porque "ele é o futuro da profissão. Meu maior intuito é despertar uma formação crítica que muito cedo foi despertada em mim. O Direito não tem que servir ao Estado, e sim ao cidadão. Sempre olhei para a profissão com uma visão humana e igualitária", relembrou o profissional.

Para tratar sobre essa temática, o advogado convidou especialistas de outros Estados. Um deles é o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Sebastião Reis, que vai palestrar durante o seminário. Bacharel em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) e especialista em Direito Público pela Faculdade Mineira de Direito da Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG), Reis já foi consultor jurídico do Ministério da Integração Nacional e coordenador-geral da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, entre outros cargos. Além dele, também estarão presentes nos debates os advogados criminalistas Gustavo Badaró, que atua como professor da Universidade de São Paulo (USP), e Alberto Toron, doutor em Direito pela mesma universidade.