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Saiba quem deve disputar o Senado pelo Pará

Com apenas uma vaga em disputa, articulações estão intensas em busca de apoio e alianças pela conquista de uma vaga na Câmara Alta

Sérgio Chêne
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Neste ano, um terço das 81 cadeiras do Senado será renovada, ou seja, 27 vagas estão em jogo, uma por Estado. Como ocorreu em outros anos, o eleitor terá um “cardápio” de muitos nomes e diferentes propostas.

Atualmente, o Pará é representado na Câmara Alta por três senadores: Jader Barbalho (MDB), reeleito em 2018, Zequinha Marinho (PL), que garantiu sua estreia no Senado no mesmo ano, e Paulo Rocha (PT), eleito em 2014, que agora encerra seu  ciclo de oito anos, o dobro de qualquer outro mandato eletivo e um dos atrativos para a disputa. O cargo tem ampla visibilidade, maiores recursos em emendas e força para articulações políticas. É no Senado que nomes indicados ao Supremo Tribunal Federal (STF) são sabatinados e aprovados.

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A campanha eleitoral no rádio e TV começa em 26 de agosto. Porém, nos bastidores, a temperatura – que já era alta -  aumentou no início do mês, com a abertura da “janela partidária”, quando parlamentares em mandato podem trocar de partido. O prazo se encerra em 1 de abril. E então tem início uma nova fase, ainda mais intensa: em 5 de agosto se encerra o prazo para as convenções partidárias, onde são apresentados os candidatos para a militância. E, dez dias depois, se encerra o período para registro de candidaturas.

Veja os nomes mais prováveis

No atual cenário, pelo menos seis nomes conhecidos da política paraense já despontam na corrida como “pré-candidatos”. Todos disputam apoios fundamentais na esfera federal e estadual. Entre os nomes, está do deputado federal Beto Faro, do Partido dos Trabalhadores (PT), que busca substituir o colega de partido, Paulo Rocha. Beto Faro tem como objetivo cruzar do tapete verde, do plenário da Câmara dos Deputados, onde está no seu quinto mandato, para o carpete azul do Senado.

image Pré-candidatos ao Senado (Infografia: O Liberal)

Sobre a disputa interna, Faro afirmou, em entrevista a O Liberal, que o atual senador petista “é um amigo, além de parceiro da política, um amigo meu pessoal”. “Independente se o Paulo vai ter um mandato eletivo no próximo mandato, nós sabemos do compromisso que ele tem com o Estado e da luta que ele vai estar fazendo ao nosso lado”, disse. Beto Faro enfatizou a escolha dos 58 membros do diretório pela sua candidatura. “Quero ser senador, porque não consigo ver o que Pará ganharia elegendo um senador para fazer oposição ao presidente Lula, que se não está eleito, é o favorito para ganhar as eleições no País”, aposta o atual presidente da sigla petista no Pará. Sobre o tema, Paulo Rocha afirma que irá trabalhar pelo partido. “O PT no Pará já definiu e me submeto à decisão do partido. Sou líder de bancada e vou cumprir meu mandato, seremos ‘moinho de vento’ na candidatura de Lula. Não serei candidato a deputado, cumpro sempre o que é bom para o partido, bom para o Brasil”, esclareceu o senador Paulo Rocha sobre o seu futuro político.

Mulher em disputa

Outro nome na disputa será da jornalista Ursula Vidal, filiada ao partido Rede Sustentabilidade e atual secretária de Cultura do Governo do Estado, pasta que assumiu em 2019, convidada pelo governador Helder Barbalho. Até o momento, é a única mulher pré-candidata, o que pode ser um diferencial por conta da representatividade. Ursula carrega ainda na bagagem resultados expressivos nas últimas disputas em que esteve presente: Em 2018, testou o nome na disputa também ao Senado, obtendo mais de 585 mil votos, mesmo com pouco tempo de televisão e uma campanha avaliada como modesta financeiramente. Dois anos antes, ficou na quarta colocação na disputa à Prefeitura de Belém, com quase 80 mil votos e 10% do eleitorado, superando outros cinco nomes que estavam na corrida, vencida no segundo turno por Edmilson Rodrigues, do Psol.

“Minha pré-candidatura se apresenta como um movimento político que arregimenta pautas estratégicas, as falas de outras mulheres que estão nesta construção, mas também traz uma energia que nos vitaliza vinda da juventude, que tem oxigenado a luta social com sua dinâmica incrivelmente inovadora nas periferias, na cultura e na agenda ambiental”, afirma Ursula.

Ex-senadores tentam voltar

Também estarão na disputa dois ex-senadores, que chegaram a ser colegas de partido e sentaram lado a lado no Senado: Flexa Ribeiro e Mário Couto.

Para reafirmar a pré-candidatura de retorno ao Senado, Flexa Ribeiro deve anunciar nos próximos dias a saída do PSDB e filiação ao Podemos, partido do pré-candidato à presidência Sérgio Moro. Flexa assumiu uma vaga em 2005 como suplente. Em 2010, venceu a corrida ao Senado, ocupando a cadeira até 2018, quando disputou a reeleição. Acabou ficando em terceiro, na disputa em que estavam disponíveis duas vagas. Agora, busca o retorno e tem como trunfo justamente o período em que esteve no mandato. “Nunca paramos de trabalhar nesse tempo. Continuei nossos contatos em Brasília, levando questões importantes, seguimos atentos. Uma série de propostas que apresentamos e defendemos avançaram e temos uma história de trabalho para retomar e renovar, com ainda mais força. No Senado, experiência e bom trânsito conta muito e por isso defendemos nossa pré-candidatura”, destaca.

Em outro lado na disputa deverá estar seu ex-colega de plenário e de partido, o também ex-senador Mário Couto. Recém-filiado ao Partido Liberal (PL), busca retornar à Câmara Alta após oito anos.

“Sou pré-candidato na chapa Zequinha Marinho e Jair Bolsonaro, e acredito que com o Zequinha ao lado aumenta nossa chance, por conhecer o sul e sudeste do Pará e tem o apoio do governo federal, além da igreja evangélica”, avaliou Couto.

Pelo PSDB, quem deve disputar a vaga é Manoel Pioneiro. O pré-candidato tucano foi deputado estadual por quatro mandatos, chegando a ser presidente da Alepa. Tem base em Ananindeua, onde foi prefeito por também quatro mandatos (1996 a 2004 e de 2012 a 2020), apoiando a eleição para seu sucessor, o atual prefeito Daniel Santos. O pré-candidato ainda evita tratar do assunto publicamente, por conta das disputas internas por apoios, mas é visto em reuniões e eventos de prefeituras pelo interior do estado com frequência.

Ainda pouco conhecido do grande público, vem do Oeste do Estado um outro nome: o vereador por Santarém Aguinaldo Promissória, até então do PSL, entra na disputa com as demandas da Região do Tapajós. A pré-candidatura dele será lançada dentro de 15 dias, garantiu o deputado estadual Hilton Aguiar, que está deixando o DEM e se filiando ao Avante, e deve assumir o controle do partido no Pará.

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