PT envia representação contra Donato e justifica tapa: 'Legítima defesa'

Documento foi apresentado ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL)

O Liberal
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O Partido dos Trabalhadores enviou representação para o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), contra os deputados Messias Donato (Republicanos-ES) e Nikolas Ferreira (PL-MG), após os dois brigarem com o petista Washington Quaquá (PT-RJ) em plenário, na quarta-feira (20).

No documento enviado contra Donato, os petistas dizem que o tapa dado por Quaquá no bolsonarista foi em "legítima defesa". "Em um comportamento admitido pelo Direito (legítima defesa e/ou retorsão imediata), o deputado federal reagiu à agressão sofrida, dentro dos parâmetros da proporcionalidade".

A representação direcionada a Nikolas não cita ou justifica a fala homofóbica de Quaquá contra o deputado bolsonarista, que foi chamado de "viadinho".

As duas representações são assinadas pela presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e pelo líder da sigla na Câmara Federal, Zeca Dirceu (PR).

O texto diz ainda que os deputados bolsonaristas cometeram "atos, em tese, atentatórios ao decoro parlamentar". "Um grupo de deputados e deputadas federais, de forma deliberada e sem qualquer motivação ou justificativa, passaram a atacar, em uníssono, durante vários momentos, com ofensas graves e deletérias, o mandatário da Nação e seus auxiliares, em particular a ministra Simone Tebet".

Os parlamentares petistas escrevem que Nikolas e Donato agiram como "uma turba ensandecida", "revoltados com o momento democrático e os avanços que se observam na nova gestão do país". A representação destaca que o presidente Lula (PT) foi chamado de "ladrão".

O texto pede que Lira envie as representações ao Conselho de Ética da Câmara para que Nikolas e Donato sejam alvos de processo ético disciplinar por quebra de decoro parlamentar.

A assessoria de imprensa de Messias Donato informou que o deputado enviou ofício à liderança do Republicanos na Câmara para que a sigla protocole representação contra Quaquá, pedindo a cassação do petista. No documento, o bolsonarista ressalta que "o exercício do mandato parlamentar é acompanhado de responsabilidades éticas que visam preservar a integridade do processo democrático e a confiança do público nas instituições governamentais".

O Caso

O deputado Washington Quaquá (PT-RJ) usou termo homofóbico ao chamar o colega Nikolas Ferreira (PL-MG) de "viadinho" e deu um tapa na cara de Messias Donato (Republicanos-ES), na sessão que recebeu Lula na Câmara para promulgação da reforma tributária, ontem. Ele disse que reagiu a ataques contra o presidente.

Quaquá filmava o deputado Donato, o que gerou uma discussão que culminou no tapa. O vice-presidente do PT foi para frente do colega da oposição, e não houve tempo para outros parlamentares tentarem impedi-lo.

O petista chamou o bolsonarista Nikolas de "viadinho" enquanto se dirigia para o embate com Donato. A fala preconceituosa ocorreu segundos antes do tapa na cara do deputado do Republicanos.

Quaquá alegou que foi empurrado e impedido de gravar. Disse que, por isso, reagiu, dando um tapa na cara do colega. Confirmou que a confusão começou a partir de vaias.

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