PL suspende salário de Bolsonaro após prisão; veja quanto ele ganhava!
O partido diz que a medida é para cumprir a Lei 9.096/95, cujo artigo 22 prevê que o partido deve "cancelar imediatamente" a filiação partidária
O Partido Liberal (PL) suspendeu o salário e as atividades do ex-presidente Jair Bolsonaro após ele começar a cumprir a pena de 27 anos de prisão à qual foi condenado.
O partido informa que vai cancelar as atividades e a remuneração de Bolsonaro, que é presidente de honra do partido, em razão da suspensão dos direitos políticos devido à condenação, "enquanto perdurarem os efeitos do acórdão condenatório na AP 2.668".
O partido diz que a medida é para cumprir a Lei 9.096/95, cujo artigo 22 prevê que o partido deve "cancelar imediatamente" a filiação partidária de alguém em caso de morte, perda dos direitos políticos, expulsão, outras formas previstas no estatuto, com comunicação obrigatória ao atingido em até quarenta e oito horas da decisão, e filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva Zona Eleitoral.
O salário de Bolsonaro é de R$ 33.873,67, segundo a prestação de contas do PL ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em agosto, o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, consultou o advogado Marcelo Bessa sobre a possibilidade de manter a remuneração do ex-presidente mesmo durante a prisão domiciliar.
Bessa elaborou um parecer em que conclui ser "juridicamente possível e recomendável" que a empresa mantenha ativo o contrato de trabalho e o pagamento dos salários. Ele argumentou que não foi verificada nenhuma "restrição específica que impeça a atividade laboral remota" de Bolsonaro.
Prisão na PF
Bolsonaro está em uma cela especial na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília desde sábado (22), quando foi preso preventivamente por tentar violar a tornozeleira eletrônica e levantar, na PF, a suspeita de fuga.
Na terça-feira (25), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, encerrou o processo e determinou o início do cumprimento da pena. Os demais condenados do "núcleo crucial" da trama golpista foram levados para unidades das Forças Armadas e do sistema penitenciário.
Bolsonaro tem sido visitado por familiares na última semana, mediante autorização do STF. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que também recebe salário como presidente do PL Mulher (R$ 33.873,67), e os três filhos que moram no Brasil — o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e os vereadores Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e Renan Bolsonaro (SC) — foram vê-lo na PF.
Michelle tem enviado marmitas ao marido, levadas por seu irmão Eduardo Torres, uma das principais companhias de Bolsonaro durante sua prisão domiciliar, período no qual familiares podiam visitá-lo sem autorização.
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