PGR não vê indícios de pedido de asilo por parte de Bolsonaro na Embaixada da Hungria
Paulo Gonet afirma que ex-presidente não violou nenhuma medida cautelar, como a de não se comunicar com outros investigados

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta terça-feira (09/04) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer afirmando não ter encontrado evidências de que o ex-presidente Jair Bolsonaro buscasse asilo político na Embaixada da Hungria em Brasília (DF), onde passou duas noites. O documento, assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet e direcionado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, foi encaminhado na semana passada, mas não recomendou a prisão de Bolsonaro.
Segundo a PGR, a estadia de Bolsonaro na representação diplomática não pareceu ser uma preparação para um pedido de asilo político, pois sua saída ocorreu de forma voluntária. Além disso, argumentou que o ex-presidente não violou nenhuma medida cautelar, como a de não se comunicar com outros investigados.
A ida de Bolsonaro à embaixada húngara ocorreu dias após a Polícia Federal (PF) confiscar seu passaporte, como parte de uma investigação sobre um suposto plano de golpe após as eleições de 2022, revelado pelo The New York Times.
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Enquanto a PF investigava se Bolsonaro buscava asilo político e se isso constituía uma tentativa de fuga, os advogados do ex-presidente justificaram a estadia na embaixada citando sua agenda política ativa, que inclui encontros com líderes estrangeiros conservadores. A posição da PGR contrasta com pedidos de prisão preventiva feitos por parlamentares do PT e PSOL.
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