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PF investiga grupo que extraiu 300kg de ouro em terras indígenas

A suspeita é que o grupo tenha lavado mais de R$ 130 milhões

Luciana Carvalho

Nesta terça-feira (28), a Polícia Federal deflagrou a Operação Kukuanaland para identificar e desarticular grupo que extraía, comercializava e exportava ouro obtido ilegalmente em reservas indígenas e unidades de conservação federal.

A equipe de investigação está apurando a suspeita de lavagem de dinheiro por parte de uma mesma quadrilha criminosa. Cinco mandados de busca e apreensão estão sendo executadas nas cidades de Goiânia (GO) e Santos (SP). As ordens foram emitidas pela Vara Única da Subseção Judiciária de Gurupi (TO).

De acordo com nota divulgada pela Polícia Federal (PF), indivíduos que realizavam extração ilegal de ouro em terras indígenas e garimpos não autorizados em outros estados utilizavam "notas fiscais ideologicamente falsas" para encobrir as atividades ilegais. Eles contavam com a "posse de com uma Permissão de Lavra Garimpeira (PLG)", localizada em Natividade (TO).

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Esse procedimento foi feito com o objetivo de viabilizar a venda “a instituições financeiras e exportadoras”. “Foi constatado que na PLG indicada não houve a lavra da quantidade de ouro declarada”, complementa a PF.

De acordo com as informações coletadas pelos investigadores, é estimado que o grupo tenha lavado mais de R$ 130 milhões, o que corresponde a aproximadamente 300 quilos de ouro puro.

“Os objetos apreendidos serão analisados visando à identificação de todas as pessoas que praticam a extração e o comércio ilegal de ouro. O trabalho se concentrará na identificação de todos os envolvidos e na recuperação do prejuízo sofrido pelos cofres públicos”, diz a PF.

Se as ações criminosas forem comprovadas, os envolvidos responderão por crimes contra a ordem econômica (usurpação; realização de pesquisa/lavra/extração de recursos minerais sem autorização/permissão/concessão ou licença); lavagem de capital; falsidade ideológica; e organização criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 29 anos de reclusão.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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