Partidos pressionam saída de ministros, mas Celso Sabino mantém diálogo com o Planalto
Avaliação é de que Sabino poderia até se licenciar do partido, garantindo que as ações da pasta não sejam prejudicadas

Em um cenário em que a maioria dos ministros deve deixar o governo Lula — parte deles já em dezembro e outros apenas em março, de olho nas eleições de 2026 —, O Grupo Liberal apurou junto a fontes do União Brasil e obteve posição com exclusividade de que, no caso do ministro do Turismo, o paraense Celso Sabino (União), a posição interna ainda é de cautela. Isso porque o União Brasil e o PP, agora unidos na federação União Progressista, anunciaram, nesta terça-feira, 2, o desembarque oficial do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas, segundo interlocutores da legenda, Sabino segue dialogando com o Palácio do Planalto e com alas do partido, como a liderada pelo senador Davi Alcolumbre, presidente do Congresso Nacional. Essas lideranças defendem que o desembarque do ministro não ocorra antes da conclusão de projetos considerados estratégicos, entre eles a realização da COP 30, em Belém.
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A avaliação é de que Sabino poderia até se licenciar do partido, garantindo que as ações da pasta — em especial as relacionadas ao evento internacional — não sejam prejudicadas. Fontes revelam ainda que ele esteve recentemente em conversa com a ministra Gleisi Hoffmann, mas o encontro não tratou diretamente de sua permanência no governo, e sim do andamento dos projetos do Turismo.
Sabino ocupa a presidência do Conselho Executivo da ONU Turismo
Celso Sabino tem protagonismo reforçado no cenário internacional por ocupar a presidência do Conselho Executivo da ONU Turismo, sendo o primeiro brasileiro a assumir o cargo. Nesse papel, tem articulado a força-tarefa responsável pelas negociações diplomáticas que viabilizam a COP 30, cuja participação saltou nos últimos dias de 27 para 61 países confirmados — mais que o dobro de adesões em curto espaço de tempo.
Embora o ministro reconheça a importância histórica do evento, aliados ressaltam que sua atuação é consequência do cargo que ocupa no organismo internacional, somada ao compromisso de garantir que o Brasil entregue com sucesso uma conferência de impacto global.
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