‘Oito de janeiro foi vandalismo, não golpe de Estado’, defende Damares, membro da CPMI

Senadora, que esteve em Belém, deu entrevista sobre esse e outros assuntos.

O Liberal
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“Oito de janeiro foi um ato de vandalismo e a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) está chegando a essa conclusão”, disse a senadora Damares Alves a O Liberal, durante a passagem por Belém para participar 1º Encontro das Republicanas Região Norte, na sexta-feira, 25. Sobre a CPMI que apura a depredação das sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário no dia 8 de janeiro deste ano, em Brasília, Damares, que é membro-titular da comissão, defende que não houve tentativa de golpe de Estado, mas sim uma “quebradeira”, apesar de acreditar que a comissão “perdeu o foco” da investigação ao analisar outras informações.

“A CPMI do oito de Janeiro está se perdendo no foco, estão trazendo muitos assuntos para lá. Meu único medo é de que ela termine sem foco, mas muitas verdades estão sendo trazidas. Eu acho que muita revelação está chegando lá. Acho que vamos conseguir apontar um ou outro ali responsável por aquela quebradeira”, defendeu a ex-ministra da Mulher do governo de Jair Bolsonaro.

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“A quebradeira não foi golpe de Estado. Aquilo lá foi quebradeira, vandalismo. Não se tem golpe de Estado quebrando patrimônio. Golpe de Estado é prender deputados, políticos, é fechar o Congresso Nacional”, argumentou. A comissão é mista porque é formada por deputados federais e senadores.

CPI das ONGs será a que 'mais vai contribuir para a nação'

Perguntada sobre a CPI das ONGs, que apura a atuação de organizações não governamentais e das organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs) no país, a senadora pelo Distrito Federal disse acreditar que essa vai ser “a que mais vai contribuir para a nação, especialmente para a região Norte”, entre as três CPIs em andamento no Congresso.

“A CPI está revelando dados assustadores no Brasil. Na CPI das ONGs, o foco é soberania e a segurança nacional e vai separar – pois temos excelentes ONGs no Brasil – o joio do trigo, quais de verdade fazem um trabalho sério”, avalia ela, que não integra a comissão, mas acompanha os trabalhos da CPI. Além disso, como resultado, ela defende que essa CPI deverá fortalecer o terceiro setor e “identificar quem não tem compromisso com a nação, que tá ali só para buscar dinheiro, confusão, briga e colocar a nossa soberania em risco”.

Mulher na política

Damares veio a Belém na condição de secretária nacional do Republicanos Mulher participar de um evento de estímulo à filiação e à candidatura feminina, já na preparação para as eleições de 2024. O encontro reuniu vereadoras, vice-prefeitas e outras mandatárias da legenda dos estados do Pará, Tocantins, Rondônia, Roraima, Acre, Amazonas e Amapá. No evento, foi lançada a campanha “Mulher, tome partido”.

“As mulheres republicanas têm pautas definidas, por exemplo, a mãe da criança com deficiência. Essa é uma pauta que a gente tem que cuidar nos municípios, não ficar esperando de Brasília. As crianças com autismo, está crescendo cada vez mais o número de crianças com autismo, precisamos encontrar resposta nos municípios. A mulher idosa, temos uma preocupação com o suicídio, estourou o suicídio no Brasil. Já é a segunda causa de morte entre adolescentes. Vamos ter que reagir, o que está acontecendo em relação ao suicídio? Empregabilidade, empreendedorismo... O nosso partido, o nosso movimento de mulheres tem pautas bem definidas. Nós temos inclusive, a causa animal no movimento de mulheres republicanas. Então, a gente quer falar que o partido é um guarda-chuva, cabem todas as causas”.

Ela defende a ampliação da participação feminina na política e, por isso, apoia não apenas a cota de gênero nas eleições (mínimo de 30% para candidatas), como também o debate sobre a reserva de vagas nas Casas Legislativas para as mulheres. “Isso é uma revolução”, comemora. “Já está sendo discutido no Congresso Nacional a reserva de cadeiras (para mulheres) na Câmara (Federal), no Senado, nas Câmaras de Vereadores. A gente acredita que assim possamos trazer mais mulheres para a política”, disse a senadora, que defende 10% de reserva de vagas.

Atualmente, 77 mulheres têm mandatos na Câmara Federal, ocupando 17,7% do total de 513 vagas, e no Senado, são 10 senadoras, o correspondente a 12,3% dos parlamentares do total de 81 senadores. Os dados foram divulgados pelos respectivos órgãos. Já na Assembleia Legislativa do Pará, são sete deputadas estaduais, ou seja, 17,07% do total de 41 vagas.

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