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Hacker decide ficar em silêncio durante questionamentos de parlamentares da oposição

Após declarações envolvendo reunião com Bolsonaro e suposto grampo com conversas de Moraes, Walter Delgatti Neto decidiu não responder perguntas de oposicionistas

O Liberal
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No retorno dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro após uma pausa para o almoço, o hacker Walter Delgatti Neto mudou a postura e passou a utilizar o seu direito ao silêncio durante questionamentos de deputados da oposição. A primeira vez que o depoente decidiu ficar calado foi quando o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez suas perguntas. Delgatti continuou em silêncio durante questionamentos de Marcos Rogério (PL-RO). 

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Delgatti Neto, que ficou conhecido em 2019 após vazar mensagens atribuídas a integrantes da força-tarefa da Lava Jato, prestou depoimento à CPMI de 8 de janeiro

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou Delgatti a ficar em silêncio durante sua oitiva ao colegiado, em decisão tomada nesta quarta-feira (16). 

Mais cedo, respondendo a perguntas de alidos do governo, o hacker deu várias declarações. Afirmou, por exemplo, que em uma reunião intermediada pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), recebeu do então presidente Jair Bolsonaro a garantia de proteção por meio de indulto presidencial caso fosse preso por invadir o sistema das urnas eletrônicas. 

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Sugeriu ainda que o governo tinha conseguido 'grampear' o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e afirmou que Bolsonaro pediu que ele assumisse a autoria desse grampo. 

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Declarações foram dadas na manhã desta quinta-feira (17), à CPMI do 8 de Janeiro

“Tem fantasia aí", disse em entrevista à Jovem Pan o ex-presidente Jair Bolsonaro. "Eu só encontrei com ele (Delgatti) uma vez no café da manhã [na Alvorada], não falei com ele no telefone em momento algum. Como ele pode ter certeza de um grampo? Nós desconhecemos isso”, completou Bolsonaro. 

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