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Grandes acionistas privados da Vale rejeitam indicação de Guido Mantega para o comando da mineradora

Ex-ministro durante os governos de Lula e Dilma Rousseff, Mantega está impedido de exercer cargo na administração pública federal até 2030

O Liberal

Os principais acionistas privados da Vale manifestaram sua recusa em relação à possibilidade de uma mudança antecipada no comando da mineradora e à indicação de Guido Mantega, ex-ministro, para o cargo de CEO. Atualmente, o mandato do CEO Eduardo Bartolomeo está previsto para se encerrar em maio de 2024, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deseja antecipar a substituição por Mantega, de acordo com auxiliares próximos.

Guido Mantega, que já foi ministro da Fazenda durante os governos de Lula e Dilma Rousseff, enfrenta um impedimento do Tribunal de Contas da União (TCU) que o inabilita para cargos na administração pública federal até 2030, devido a punições relacionadas ao caso das pedaladas fiscais.

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Nesta quinta-feira (27), a CNN obteve informações de três acionistas com participação significativa na Vale que rejeitam a possibilidade de mudança abrupta no comando da empresa. Eles argumentam que tal medida violaria as boas práticas de governança corporativa, criaria ruídos desnecessários com investidores internacionais e poderia afetar negativamente o desempenho das ações da Vale.

Acionistas consideram precipitado promover mudanças na Vale neste momento

Esses grandes acionistas destacam que o momento econômico do Brasil está em recuperação, com melhorias na classificação de risco pelas agências de crédito e uma tendência de queda na inflação. Portanto, consideram precipitado promover mudanças na Vale neste momento, pois poderia afetar negativamente a confiança dos investidores no país.

O conselho de administração da mineradora se reuniu em Carajás (PA) e aprovou o balanço financeiro do segundo trimestre de 2023, mas a troca de comando não foi discutida. O conselho é composto por 13 membros, incluindo representantes da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, e indicações de acionistas como Bradesco, Mitsui e Cosan, além de fundos estrangeiros como BlackRock e Capital World.

Um conselheiro, sob anonimato, afirmou à CNN que a avaliação de Bartolomeo é positiva, e a discussão sobre a sucessão do executivo só começará no início de 2024. Caso haja a decisão por uma troca, o correto, segundo esse conselheiro, seria realizar o processo por meio de um headhunter, buscando profissionais com experiência na gestão de grandes empresas.

Independentemente do nome escolhido, o conselheiro enfatizou que seria prejudicial para uma multinacional líder de mercado, como a Vale, passar por um processo conturbado de mudança na presidência, especialmente com influência política. A Vale é uma das cinco maiores mineradoras do mundo, com lucro líquido de quase R$ 96 bilhões no ano passado. O governo, embora não tenha participação direta na companhia, conta com a Previ para auxiliar na transição de Bartolomeo e viabilizar a nomeação de Mantega como novo CEO.

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