Gilmar Mendes classifica ação de Eduardo Bolsonaro como 'ato de lesa-pátria' em discurso no STF

Ministro do STF critica ataques ao Judiciário e acusa Eduardo Bolsonaro de promover ação contra a soberania nacional

Thaline Silva*
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Durante a abertura do segundo semestre no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (1), o ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, fez duras críticas aos recentes ataques direcionados ao Judiciário. Em sua fala, ele afirmou que a conduta do deputado federal Eduardo Bolsonaro configura um “ato de lesa-pátria”.

“Nos últimos dias, temos acompanhado com perplexidade, uma escalada de ataques e, assim, contra toda a Corte e contra todo o povo brasileiro, de forma agressiva e totalmente inusual”, afirmou o ministro ao iniciar seu discurso.

Gilmar Mendes declarou ainda seu “mais veemente repúdio aos recentes atos de hostilidade unilateral, que desprezam os mais básicos deveres de civilidade e respeito mútuo que devem balizar as relações entre quaisquer indivíduos e organizações”.

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Segundo o magistrado, os ataques recentes foram consequência de uma ação coordenada contra o país. “Os fatos decorreram de uma ação orquestrada de sabotagem contra o povo brasileiro, por parte de pessoas avessas à democracia, armadas com os mesmos radicalismos, desinformações que vem caracterizando sua conduta já há alguns anos. Os ataques à nossa soberania foram estimulados por radicais inconformados com a derrota do seu grupo político nas últimas eleições presidenciais”, declarou.

O decano citou diretamente Eduardo Bolsonaro, referindo-se a ele como um dos responsáveis pelos ataques. “Entre eles, um deputado que fugiu do país para covardemente difundir aleivosias contra o Supremo Tribunal Federal. Um verdadeiro ato de lesa-pátria”, disse Gilmar Mendes.

O ministro também defendeu seu colega de Corte, Alexandre de Moraes, apontado como principal alvo das ofensivas. “O alvo central contra quem as baterias dos radicais têm se voltado é o eminente ministro Alexandre de Moraes, que é o responsável pela apuração da tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito em 2022”, completou.

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