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Filiação de Zequinha Marinho causa ruptura no Podemos

Igor Normando anunciou sua saída da legenda e disse não querer estar vinculado a ideias extremistas

Igor Wilson
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A recente filiação do senador Zequinha Marinho ao partido Podemos, anunciada oficialmente na última quarta-feira (30), está causando um clima de desarmonia dentro do diretório estadual da legenda. O primeiro a manifestar insatisfação com a admissão foi o deputado estadual Igor Normando, um dos nomes mais ativos do partido no Pará e aliado direto do governo Helder Barbalho (MDB). Zequinha afirmou, durante o anúncio de sua filiação, que pretende assumir a liderança estadual do Podemos e que fará da legenda a oposição ao governo atual.

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O parlamentar paraense, que está licenciado do mandato na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) desde que assumiu a Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania, afirmou para O Liberal que irá se desligar da legenda e que outros colegas manifestaram o mesmo desejo após o anúncio da filiação de Zequinha, realizado pela presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu. Durante o anúncio, Zequinha manifestou o desejo de assumir a liderança do partido no Pará, afirmando querer transformar o partido em uma referência da direita conservadora nacional. O Podemos no Pará possui dois deputados estaduais (ainda incluindo Igor Normando), 49 vereadores e quatro prefeitos. 

Igor Normando disse que recebeu a notícia da filiação de Zequinha Marinho ao Podemos com estranheza, pois o senador paraense atua num campo diferente dos príncipios do partido. “Tanto no Pará, quanto no Brasil, o Podemos sempre teve como príncipio ser um partido de centro, que refuta os extremos. E ele (Zequinha Marinho) é extremista, defende isso desde as últimas eleições presidenciais. E nós pensamos diferente, portanto anunciarei minha saída. Não posso falar por todos, mas a tendência é que muitos saiam. Ninguém é obrigado a estar onde não se sente bem, assim é a democracia”, disse. 

Nascido em Tocantins, Zequinha Marinho chegou ao Senado com apoio da família Barbalho nas eleições de 2018, mas entrou em ruptura logo após assumir o cargo, passando a alinhar-se com as pautas bolsonaristas e fazendo ferrenha oposição ao governo atual. Em 2022, após filiar-se ao Partido Liberal (PL), concorreu ao governo do Estado e perdeu para Helder Barbalho. Recentemente ele anunciou sua saída do PL, por discordar da decisão da legenda sobre a indicação de dirigentes nos municípios.  

“Fazemos parte do governo Barbarlho, seria incoerente permanecer. Não sei dizer porque ela (Renata Abreu) tomou essa decisão, nacionalmente o partido sempre se colocou de forma central. Eu saio com a entrada dele, mas vamos definir o futuro ainda. Só não quero estar vinculado a ideias extremistas, é uma questão pessoal”, diz Igor Normando.   

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