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Edmilson tem apoio de frente de esquerda e rebate as críticas

Ele oficializou a pré-canditura à prefeitura de Belém em evento concorrido

Valéria Nascimento

Mais de 1.200 pessoas compareceram ao lançamento da pré-candidatura eleitoral do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), na noite da última quinta-feira (21). A sede social do Paysandu, na avenida Nazaré, ficou pequena e teve gente que ficou de fora por causa da superlotação do local. Com direito a charanga, faixas e banners, o evento foi alegre e barulhento, mobilizando centenas de apoiadores e dirigentes partidários que firmaram apoio à reeleição do atual gestor da capital paraense.

Sobre a escolha da sede do Paysandu, Edmilson disse que foi o maior local que a equipe conseguiu, com a disponibilidade de cerca de 1.200 cadeiras, e fez questão de destacar que também conta com a forte torcida do Remo.

image Edmilson Rodrigues ladeado por dirigentes partidários e lideranças políticas no lançamento da pré-candidatura dele em Belém (Cristino Martins / O Liberal)

Aos 66 anos, tentando o 3º mandato de gestor de Belém - Edmilson exerceu o cargo pela primeira vez, entre 1997 e 2005 - e tem agora o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido Verde (PV), Rede Sustentabilidade, Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido Democrático Trabalhista (PDT), e Unidade Popular, esse último a legenda mais nova da frente, registrado oficialmente em 10 de dezembro de 2019.

Críticas, impopularidade e conquistas

Perguntado sobre a crise do lixo, pressão de servidores e o índice de rejeição de acordo com pesquisas, Edmilson acredita que as pesquisas registram um determinado momento e em pouco tempo, tudo pode mudar com trabalho.

“Eu poderia pegar o dinheiro, fazer obras e dizer que estou trabalhando. Talvez, fosse bom, do ponto de vista da popularidade.Mas eu tenho responsabilidade com o combate à fome. Então, eu disse, depois a gente explica para o povo, mostra o que foi feito. Só tem duas cidades no Brasil com programas de distribuição de renda básica, Belém do Pará e Maricá no Rio de Janeiro, mas Maricá é uma cidade petroleira rica”, afirmou o prefeito.

Ele enfatizou que por causa dos dois anos críticos da pandemia da covid-19, a gestão municipal criou programas sociais de combate à fome, de profissionalização e de autonomia econômica para as pessoas de baixa renda, como o "Bora Belém", que auxilia 18 mil famílias com até R$ 500,00, por mês. O Bora Belém contempla um total de 80 mil pessoas, entre adultos, jovens e crianças, conforme o prefeito.

Também foram listados o programa "Donas de Si” com cursos técnicos para mulheres e a retomada do Banco do Povo que empresta dinheiro com juros zero. Quanto à crise da limpeza pública, para o prefeito já há mudanças evidentes nesse âmbito na cidade, com o exemplo do melhor escoamento das águas das chuvas e da redução dos alagmentos nas vias em razão das medidas tomadas.

Saneamento, iluminação pública e urbanidade

Sobre a limpeza pública, ele ponderou. “Por que mudou? Porque nós já fizemos cinco jornadas de limpeza dos 65 principais canais e igarapés”, disse Rodriges. “Isso não é mostrado, não é dito, porque parece que tem gente que prefere atacar, mas eu não vou deixar de fazer o que é certo e a população começa a perceber a mudança”.

Ele também apontou as mudanças na área da saúde municipal, com ampliação da atenção primária na capital, de 30% para 85% de atendimento às famílias. Citou ruas com nova iluminação pública de LED, com novo asfalto e serviços de drenagem, como a avenida José Bonifácio; cinco quilômetros da avenida Senador Lemos; dez transversais da avenida Padre Eutíquio; também, as avenidas Antônio Barreto e Gentil Bittencourt.

"Nós investimos em grandes vias e começamos grandes obras no centro porque eu não ia deixar que o Palácio Antônio Lemos ruísse. O Palacete Pinho está entregue. Ah, é para rico? Não. É para escola (sobre o Palacete Pinho), para fazer o contraturno da escola de tempo integral. A criança que quer estudar música, dança, cinema, canto, instrumentos na área da música, ela será levada para o Pinho para poder se aperfeiçoar em alguma área das artes, de todas as artes”.

Mercado de Sãos Brás, Ver-o-Peso e Parque São Joaquim

Edmilson promteu entregrar obras importantes para a cidade. Ele marcou para setembro a entrega do novo Mercado de São Brasil, e, ainda neste semestre, a primeira etapa da reforma do Ver-o-Peso, com a reconstrução da Feira do Açaí e da área de produtos industrializados.

“Tudo isso é negociado, hoje nós temos 66 lideranças eleitas nos 36 setores do Ver-o-Peso coordenando e nos ajudando a fazer o remanejamento dos trabalhadores, fiscalizando a obra, porque nossa gestão é democrática”.

Também foram listadas obras negociadas com o governo federal para preparar Belém para COP 30. Ele apontou o novo Parque do São Joaquim que vai interligar a avenida do Aeroporto de Belém, a avenida Júlio César Ribeiro à Baía do Guajará, passando pelos bairros do Barreiro e do Telégrafo. “150 milhões de reais já estão garantidos e estamos terminando a licitação, vamos tranformar aquilo em um grande Parque Verde”, disse Edmilson.

Ele também informou sobre o contrato de financiamento de mais de 60 milhões de dólares, cerca de 300 milhões de reais, com o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), para obras na Bacia do Mata Fome. “Uma das obras prioritárias para Belém sediar a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30", disse ele.

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