CPMI do INSS: oposição quer convocar Wolney Queiroz para depor sobre contrato de telemarketing

Ministro da Previdência Social tinha um depoimento originalmente previsto para esta segunda-feira, 1º, mas pediu adiamento sob alegação de que tinha uma viagem

Redação O Liberal com informações da AE

A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca convocar o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, para depor na CPMI do INSS. Deputados exigem esclarecimentos sobre uma licitação realizada pela autarquia.

O pedido de convocação ocorre após a revelação de que o dono da empresa vencedora do certame esteve nas dependências da pasta enquanto o processo licitatório estava em andamento. O ministro havia adiado um depoimento previsto, alegando viagem.

O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) criticou o ministro, apontando que a agenda oficial dele estava vazia no dia em que deveria comparecer à comissão. O parlamentar ressaltou a coincidência da notícia da licitação com o adiamento.

Detalhes da Contratação e Presença do Empresário

A empresa Provider, de João Luiz Dias Perez, foi contratada por R$ 117,7 milhões. Ela venceu um dos lotes de uma concorrência aberta em junho de 2023 para operar a Central de Atendimento 135.

O contrato prevê a operação do serviço para 13 Estados, com base em Caruaru (PE), até janeiro de 2027. O pregão eletrônico para seleção das empresas ocorreu em 22 de junho de 2023, das 10h às 17h20.

Registros de entrada e saída da portaria no bloco F da Esplanada dos Ministérios mostram a presença de Diaz Perez no local. O empresário entrou às 10h14 e permaneceu até 17h32, cobrindo quase todo o período do pregão.

Encontro com o Secretário Executivo

A agenda pública do então secretário-executivo da pasta, Wolney Queiroz, registrou um encontro com o sócio da Provider. A reunião ocorreu entre 12h e 13h do dia 22 de junho, enquanto os procedimentos da licitação estavam em andamento.

O deputado Luiz Lima (Novo-RJ) também destacou a gravidade da denúncia, revelada pelo Estadão. Ele mencionou a cidade natal de Wolney Queiroz, Caruaru, onde o pai do ministro foi prefeito, e o valor do contrato com o empresário recifense.

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