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CPI das ONGs: secretária de Mudança do Clima, Ana Toni, é ouvida nesta terça

Reunião desta manhã marca o retorno das atividades da Comissão

O Liberal
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A secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, foi ouvida nesta terça-feira (26) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a atuação das Organizações Não-Governamentais (ONGs) na Amazônia, a chamada “CPI das ONGs”

Também seria ouvido na CPI o antropólogo francês Bruce Albert, fundador da ONG Comissão Pró-Yanomami, que atua nas terras ianomâmis desde 1978 nas áreas de saúde e educação. Porém, ele não compareceu à reunião. Foi informado ao final da sessão que Bruce não respondeu às tentativas de contato por email e por telefone e não foi encontrado.

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Toni foi questionada sobre sua atuação profissional em entidades que têm como foco o meio ambiente, a economia e a área social - já foi diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade (ICS), com longa trajetória no trabalho junto ao terceiro setor.

Um dos questionamentos dos senadores durante a reunião foi quanto ao quadro de pessoal do instituto, além do montante que era recebido por Toni. Segundo ela, os profissionais que atuavam no ICS eram contratados em modelo CLT, no mesmo padrão de outras instituições dedicadas a investimentos sociais. “Em 2015 já contávamos com seis colaboradores, e chegamos em 2022 com 38 colaboradores, todos brasileiros. Em relação a mim, o meu salário atual como secretária está no Portal da Transparência e, quanto ao meu salário na instituição, posso mandar por escrito”, detalhou.

Ana explicou ainda que o ICS nasceu em 2015, com o objetivo de apoiar projetos que ajudassem o Brasil e sua economia e a população brasileira na implementação do Acordo de Paris, inclusive na mitigação da emissão de gases de efeito estufa. O senador Márcio Bittar (União-AC) é um dos críticos do envolvimento de ONGs na Amazônia. Ele ressaltou, durante o encontro legislativo, que o meio ambiente é o argumento mais usado por países desenvolvidos que apoiam e investem nos que estão em desenvolvimento, mas que, na verdade, os interesses são outros.

Domínio

“Há um movimento globalista que, entre outras coisas, relativiza a soberania nacional. A questão do meio ambiente é o argumento mais utilizado. Acho que tem outros interesses por trás, de países ricos continuarem dominando países pobres, em desenvolvimento. A roupa que se veste é o argumento ambiental, porque não tem fronteira”, comentou. O foco da CPI das ONGS, de acordo com o parlamentar, é entender por que uma região como a Amazônia brasileira está cada dia “mais pobre, na mão do narcotráfico e das ONGs, que mandam mais que o governo”.

Bittar opinou que, hoje, quem decide obras públicas é muito mais as ONGs do que o governo. “A preocupação de quem financia as ONGs não é o meio ambiente. Não estou dizendo que nesse meio não tem profissionais bem intencionados, mas, se assim fosse, os olhos não estariam voltados para a Amazônia, que quase não joga CO2 na atmosfera, estariam voltados para a China, que ninguém tem coragem de enfrentar. Acho uma hipocrisia”, argumentou, durante a sessão.

Ana Toni, secretária nacional de Mudança do Clima, disse que é importante lembrar que a China, mais que o Brasil e a América Latina, vem recebendo tanto recursos filantrópicos como de investimentos privados para a transição de uma economia de baixo carbono - segundo ela, provavelmente mais que qualquer outro país do mundo entre os desenvolvidos.

“O Brasil precisa tornar sua economia de baixo carbono e atrair investimentos mais amplos e privados, precisamos que eles entrem para nossa economia. Como uma pessoa atuante em mudanças climáticas, acredito que temos que liderar pelo exemplo, até para cobrar dos países desenvolvidos a descarbonização, de quem tem mais responsabilidade, temos que fazer nossa lição de casa”, pontuou a especialista.

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