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Advogada e ex-cartorário são presos por golpes milionários a bancos no Pará

Operação investiga golpe que causou um prejuízo que pode chegar a R$ 30 milhões somente em Belém

O Liberal

Duas pessoas foram presas temporariamente, nesta terça-feira (28) em Belém, suspeitas de envolvimento em um golpe que causou um prejuízo de R$ 11 milhões a duas instituições financeiras. Uma advogada e um ex-cartorário foram presos na operação. 

Conforme a apuração da redação do Grupo Liberal, os presos são Giseanny Valéria Nascimento da Costa e Diego Almeida Kós Miranda. A prisão foi decretada na operação Apate, conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O prejuízo de R$ 11 milhões causado a dois bancos é o foco principal da operação, mas conforme o MP, há evidências de que o suposto grupo criminoso teria aplicado golpes em outras diversas entidades financeiras, chegando a mais de R$ 30 milhões de reais, apenas em instituições financeiras na capital paraense.

Como funcionava o golpe? 

Os suspeitos se passavam por uma empresa "com o escopo de atuar no mercado da construção civil", segundo as investigações. O grupo criminoso agia procurando alugar escritórios luxuosos em prédios comerciais de alto custo na capital paraense.

"Os gerentes bancários os visitam e se impressionam com a 'riqueza' da empresa. Talvez por isso, acabem facilitando a liberação do valor do financiamento sem adotar maiores cuidados", disse o Ministério Público.

Eles apresentavam aos bancos certidões vintenárias falsas, que permitem verificar o histórico de um imóvel ao longo de 20 anos, e com esse documento ilegal conseguiam os empréstimos milionários. "Os bancos só se dão conta de que foram vítimas de um golpe quando as parcelas começam a vencer e não são saldadas. Ao tentar executar a garantia, descobrem que o imóvel jamais pertenceu à empresa beneficiada com o financiamento", completou o MP.

Além das prisões temporárias, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão e contas foram bloqueadas. Ainda segundo o MP são suspeitos de associação criminosa, estelionato, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.

A Caixa Econômica Federal foi o banco que denunciou o golpe. Ao pedir informações sobre um dos imóveis da empresa a um cartório, descobriu que a certidão era falsa. Uma das instituições financeiras prejudicadas também representou na Justiça contra os investigados.

Investigação

Sobre a investigação do Ministério Público do Estado do Pará, que culminou na operação Apate, do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) é necessário fazer um registro importante. A família Kós Miranda é grande, com muitos membros respeitados, corretos e radicados no Pará, especialmente na capital, Belém. Os investigados nos supostos delitos são Diego Almeida Kós Miranda, Silvio Kós Burlamaqui de Miranda, Nicole Cotelesse das Costa Kós Miranda, Bruna Almeida Kós Miranda e Yasaman Larissa Lujan Kós Miranda. E os suspeitos são considerados inocentes, até que se prove o contrário, questão que só será elucidada com o julgamento definitivo da pretensão punitiva, a qual ainda encontra-se em fase de investigação.

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